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Maracanã vira cenário de fracassos do Flamengo

23 fev 2009 - 11h08
(atualizado às 11h40)
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Atuar em um dos estádios mais míticos do mundo e ter a maior torcida do país deveriam fazer do Flamengo um osso duro de roer no Maracanã. Não é, todavia, o que vem ocorrendo nos últimos anos. A decepcionante eliminação do sábado, contra o modesto Resende, se transformou em mais um capítulo de uma história recente que não é nada feliz para os flamenguistas.

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Embora não tenha ganhado seus dois títulos mais importantes no Maracanã - Copa Libertadores e Mundial Interclubes -, o Flamengo pode ostentar o fato de ter conquistado, no estádio, quatro de seus cinco Brasileiros, além de uma Copa do Brasil. Há cinco anos, porém, não tem sido mais assim.

Foi em 2004 que o histórico negativo começou a ser escrito. O primeiro "Maracanazzo" rubro-negro foi na decisão da Copa do Brasil, contra o Santo André. Na abertura da decisão, Athirson conseguiu um gol no Palestra Itália, perto do fim, e a sensação de título rubro-negro se desenhou no empate em 2 a 2. Com Abel Braga no comando, entretanto, os jogadores e os 71.988 flamenguistas presenciaram Elvis e Sandro Gaúcho darem o título ao clube do ABC Paulista.

Precisou outro título de Copa do Brasil, dois anos depois diante do Vasco, para o Flamengo retornar à Libertadores em 2007. O mata-mata então se apresentou com o Defensor Sporting, do Uruguai, que impôs 3 a 0 sobre os flamenguistas no jogo de ida. Precisando da vitória no Maracanã, 57 mil torcedores voltaram para casa, frustrados, com o insuficiente 2 a 0. O pesadelo voltava à tona.

Se a presença marcante dos torcedores marcou a recuperação do time no segundo semestre do mesmo ano a partir da volta de Joel Santana, o mesmo não pode ser dito do trágico histórico no Maracanã em 2008. Embora tenha "carregado" o clube para a Libertadores, em uma grande campanha de recuperação no Campeonato Brasileiro, o estádio foi palco de uma decepção gigantesca na despedida do próprio Joel.

O clima de euforia e "já ganhou" era comum aos 47mil torcedores que foram ao Maracanã dar adeus a Joel Santana e cumprir a formalidade que parecia ser superar o América do México pela mesma Libertadores. Após vencer por 4 a 2 fora de casa, o Fla foi esmagado por Salvador Cabañas, que liderou os mexicanos a um improvável 3 a 0. E a expectativa do segundo título continental virou pó.

No segundo semestre, as coisas não mudaram no tocante aos jogos do Flamengo no Maracanã. Com Caio Júnior no comando, o Fla se tornou frágil com a presença de sua torcida e só teve aproveitamento de 64,9% dos pontos disputados em casa. Duas derrotas, particularmente, foram decisivas para que o clube não conseguisse um lugar na Libertadores de 2009 e terminasse em quinto no Brasileiro.

No maior público do campeonato, 77.300 torcedores assistiram ao Atlético Mineiro, liderado pelo jovem Renan Oliveira, impor incríveis 3 a 0. Mesmo assim, a Libertadores ainda parecia possível: na penúltima rodada, o Flamengo vencia o Goiás pelos mesmos 3 a 0, mas o inacreditável aconteceu e, com três gols goianos, veio um empate traumático. E a quarta posição caiu no colo do Palmeiras.

Embora possa ser tratada como tragédia, a derrota para o Resende, provam os tempos mais recentes, não pode ser encarada como uma enorme zebra na Gávea.

Ibson e Renato Augusto deixam campo após eliminação na Libertadores de 2008
Ibson e Renato Augusto deixam campo após eliminação na Libertadores de 2008
Foto: AFP
Fonte: Terra
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