Dedicado, Ronaldo tem dia de talismã em Prudente
Nem o torcedor corintiano mais fanático poderia imaginar o desfecho do final de semana de Ronaldo: no alambrado do Estádio Prundentão comemorando com a torcida o empate diante do Palmeiras aos 47min do segundo tempo do clássico. Do jeito sofrido que a torcida gosta.
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Mas quem esteve em Presidente Prudente pôde comprovar a dedicação e a motivação do atacante para superar pela terceira vez uma contusão - desta vez ficou mais de um ano sem jogar - e voltar a marcar um gol, desta vez com a camisa do Corinthians.
A comissão técnica alvinegra queria estrear Ronaldo apenas na quarta-feira contra o São Caetano, no Pacaembu, mas ele foi a campo já contra o Itumbiara, pela Copa do Brasil. Jogou 23 minutos e teve participação discreta. Fora de peso, não convenceu.
A idéia de escalá-lo como titular contra o maior rival parecia uma loucura. Mano Menezes optou pelo não. Ronaldo obedeceu. E continuou se destacando nos treinamentos, sempre bem humorado e brincando bastante com os companheiros.
No rachão de sábado, mostrou faro de gol e balançou as redes duas vezes. Após o treino, ficou no campo treinando penalidades ao lado de André Santos e Chicão. Foi o último a ir embora, com sorriso no sosto mesmo com o forte calor de quase 40 graus.
Quando subiu a campo pela primeira vez no domingo para o aquecimento antes do jogo, marcou um gol no reserva Júlio César. Comemorou bastante junto à torcida. Novamente, foi o último a voltar ao vestiário.
Naquele momento, Ronaldo parecia imaginar o que viria pela frente. Começou o jogo. E o atacante acompanhou ansioso o fraco primeiro tempo do clássico. Em duas oportunidades, levantou do banco e soltou frases de incentivo aos corintianos.
Veio o intervalo. O empate sem gols somado ao desempenho irregular da dupla Souza-Jorge Henrique fizeram suas chances aumentarem. E aos 15min, com a equipe atrás no marcador, chegou o aviso: Ronaldo iria a campo.
A partir daí, a história já é conhecida: um chute na trave, ótimo lance individual que quase termina em gol de André Santos, o gol salvador de cabeça nos acréscimos e a comemoração no alambrado.
Nos vestiários, disse que aquele era o primeiro de muitos gols que estão por vir e que tinha orgulho de fazer parte do "bando de loucos". A torcida contiana agradece. E espera por mais.