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Precavido, Thiago Neves evita polêmica antes de clássico

12 abr 2009 - 08h21
(atualizado às 09h32)
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Na contramão do presidente Roberto Horcades, do Fluminense, que durante a semana chamou os rubro-negros de medrosos, nem todos os estopins foram acesos nas Laranjeiras. Antes personagem de polêmica em clássicos contra o Flamengo, Thiago Neves mudou o discurso. E a atitude. A primeira medida foi desfazer o mal-entendido da dança do créu nos 4 a 1 sobre o Flamengo, em fevereiro do ano passado. Depois, evitou qualquer gesto que pudesse ser levado para o outro lado como provocação.

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Apesar do bom retrospecto em Fla-Flu, Thiago Neves mantém cuidados
Apesar do bom retrospecto em Fla-Flu, Thiago Neves mantém cuidados
Foto: Agência Photocamera / Divulgação

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Indiscutivelmente, Thiago Neves foi o jogador mais assediado nos últimos dias para falar do clássico deste domingo, pela semifinal da Taça Rio. Tudo por causa dos três gols marcados na goleada de 2008. No começo, bem que capitalizou a coreografia. A torcida usou a dança, à época em evidência, para tripudiar dos rivais. E o meia virou símbolo.

Alvo de revolta de alguns rubro-negros, Thiago Neves foi aconselhado a evitar locais de concentração de torcedores do Flamengo. Então morador da Barra da Tijuca, disse que deixou de frequentar bares e boates em bairros da Zona Sul temendo retaliação.

"Disseram que era para eu não ir a alguns lugares onde havia torcedor do Flamengo. Parei de ir, por exemplo, à Baronetti (boate)", contou Thiago.

Um ano depois, o assunto esfriou. Thiago Neves voltou da Alemanha, onde defendeu por seis meses o Hamburgo, e se mudou para o Leblon. Casado com a publicitária Marcela, anda pelas ruas do Rio sem o mau humor de algum rubro-negro à sua volta. Sem ameaças e sem desrespeitar o rival, viveu a semana que antecedeu o Fla-Flu dando aulas de diplomacia a Horcades.

"Não tem dancinha. Se tiver, só depois do título. Não quero prometer, perder o jogo e ser eliminado", declarou, desconfiado com os pedidos de entrevista para o clássico.

O jogador foi solicitado para edições da Semana Santa posando com ovos de Páscoa. Recusou, com medo que os adversários entendessem subliminarmente como um chocolate tricolor. "Matéria? Pode ser. Mas cinco minutos! Mas sem foto!", reagia.

Se o Fluminense for à final, vencer a Taça Rio e for campeão, Thiago Neves se sentirá no direito de dançar o que quiser. Do créu ao que estiver na moda, desde que ele ensaie melhor a coreografia, já que no ano passado sua performance deixou tanto a desejar.

"O Aloísio (Chulapa) tinha marcado um gol pelo São Paulo e tinha feito a dança do arrocha. Eu vi na televisão e disse que quando fizesse um gol faria a mesma coreografia. No Fla-Flu, corri para a torcida e dancei. Mas imitando o Aloísio. Só que a torcida achou que era o créu. E pegou (risos)", esclareceu.

"E no Fluminense, o Somália sempre dançava. No grupo, a gente brincava de comemorar dançando. Fiz o gol e corremos, dançamos, brincamos", emendou.

Para o Fla-Flu deste domingo, Thiago Neves limitou-se a responder que sua estrela brilha contra o rival. Qualquer outra pergunta no sentido de provocar o adversário foi rechaçada.

"Quero que o Fluminense vença. Pode ser com gol do Fred, do Conca, do Éverton (Santos). Quero é ganhar. Quero é ser campeão. Fui campeão no banco (Copa do Brasil, era reserva do hoje vascaíno Carlos Alberto). Quero dar a volta olímpica jogando", encerrou.

Jornal do Brasil Jornal do Brasil
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