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Confira 5 motivos que fazem de Ganso o herói do título santista
- Celso Paiva
- Direto de São Paulo
Neymar marcou os dois gols da partida na derrota para o Santo André por 3 a 2, mas o nome do jogo que garantiu o título paulista ao Santos foi Paulo Henrique Ganso. Misturando sua habilidade habitual com uma garra digna de campeão, o meia chamou a responsabilidade para si e em alguns momentos parecia ser um time inteiro em campo. O Terra listou cinco motivos para ratificar a razão de Ganso ter sido o herói da conquista alvinegra no Pacaembu:
Toques de gênio
Em dois momentos de craque, o principal articulador das jogadas santistas esfriou o ânimo do Santo André. O primeiro aconteceu aos 31min do primeiro tempo. O time do ABC vencia por 2 a 1 e pressionava em busca do terceiro, quando Robinho roubou uma bola e tocou para Ganso. Sem olhar para o lado, o meia deu uma assistência de letra de costas para Neymar, tirando dois zagueiros da jogada e deixando o atacante livre para empatar o jogo.
O segundo lance genial aconteceu durante a etapa final, quando o Santos estava com um homem a menos em campo e sofria com o cansaço. Paulo Henrique então iniciou sua tentativa de puxar a marcação dos jogadores do Santo André e motivar novamente a torcida que já mostrava sinais de apreensão. Com dois marcadores em cima, Ganso aplicou um chapéu aos 27min e conseguiu dois objetivos: causou o cartão amarelo para Rômulo e incendiou a torcida no Pacaembu.
Domínio de bola
Sem Robinho e Neymar, Ganso ficou parte do segundo tempo solitário no ataque. Quando a bola ia para a defesa santista, todos os seus companheiros de equipe procuravam o camisa 17 para desafogar a pressão. O meia mostrou maestria em segurar a bola nos seus pés.
De acordo com dados do Footstats, o articulador santista permaneceu 2min43s com a bola sob seu domínio. Para se ter uma comparação, o jogador do Santo André que teve maior posse de bola foi o lateral Carlinhos, com 1min49s.
Maturidade
Mesmo sendo um dos jogadores mais perseguidos em campo, mostrou a experiência que faltou a Léo e Marquinhos, jogadores com muito mais anos de profissão e que acabaram caindo nas provocações do time do Santo André, sendo expulsos e prejudicando o Santos na partida. "Assumi a responsabilidade e fui muito feliz na decisão", disse Ganso ao final da partida.
Ousadia com o técnico
Assim que Roberto Brum foi expulso e deixou o Santos com dois a menos em campo, o técnico Dorival Junior tentou consertar a marcação colocando o zagueiro Bruno Aguiar na partida. Ao ver que seria ele que sairia da partida para a entrada do defensor, Ganso fez sinal de negativo para Dorival no banco e disse que não queria deixar o jogo. O treinador atendeu ao pedido do meia e o deixou no gramado.
Ao fim da partida, o técnico Dorival Junior foi acusado de ter "abaixado a cabeça" para Ganso, mas explicou a razão da mudança e ainda elogiou o meio-campista. "Problema que quando ele ficou do meu lado, já esgotado, eu imaginei que era um pedido para sair de campo. No momento da alteração, ele disse que ainda tinha forças. Eu achei justo porque ele era o único jogador que estava prendendo a bola para a equipe respirar. Ele apenas me colocou aquilo, mas o que havia mostrado (cansaço) não era o que estava acontecendo...O importante é a responsabilidade que chamou para si, mostrou sua personalidade".
Sem força, vai na raça
Visivelmente desgastado, Ganso mostrou uma raça que cativou a torcida do Santos que assistia à partida no Estádio do Pacaembu. O jogador mal conseguia andar quando a bola saía pela linha de fundo, mas dando seu último gás ainda assim corria atrás dos zagueiros do Santo André, sendo um obstáculo para o time do ABC chegar com perigo à defesa santista. Quando estava com a bola no pé, mesmo sem conseguir mais correr, conseguiu suportar os "encontrões" do adversário para segurar o resultado até o apito final do árbitro.
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