Corintianos apedrejam ônibus do time e brigam com policiais
5 fev2011 - 09h35
(atualizado às 16h25)
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Se os jogadores do Corinthians esperavam mais paz no último treino da equipe na véspera do clássico contra o Palmeiras, pelo Campeonato Paulista, encontraram cenário exatamente oposto.
Cerca de 300 torcedores foram ao Centro de Treinamento Dr. Joaquim Grava na manhã deste sábado. A manifestação na porta do CT Joaquim Grava começou logo na chegada do ônibus do Corinthians, pouco antes das 10h.
O ônibus chegou escoltado pela polícia, mas os torcedores entraram na frente do veículo e não deixaram o mesmo entrar no local. A partir daí os torcedores começaram a jogar pedras no ônibus, e os policiais devolveram com bombas de efeito moral.
O portão do centro de treinamentos foi danificado na confusão. Os torcedores também jogaram pedras e outros objetos nos seguranças que estavam na porta do CT.
Os policiais e seguranças particulares que estavam do lado de dentro jogaram bombas de gás de pimenta e deram tiros com balas de borracha. Além dos manifestantes, a imprensa foi atingida pelo gás e pelos tiros.
Durante o protesto, uma das torcidas organizadas distribui panfletos com um manifesto. Os principais pedidos dos torcedores são os desligamentos de membros da diretoria e comissão técnica e a demissão de alguns jogadores do elenco. "A Nação Corinthiana está perplexa. Alcançamos fevereiro de 2011 em fúria. O Sport Club Corinthians Paulista vive momento único de humilhação, desmando e destruição de sua cultura e tradição", diz uma parte do manifesto dos torcedores.
Veja: Corinthians é recebido com agressividade no CT:
Torcedores do Corinthians protestaram, pacificamente, pela eliminação precoce da Copa Libertadores da América, diante do Tolima, na última quarta. Ronaldo é um dos mais cobrados
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
O ônibus do time do Corinthians chegou ao local e, logo na entrada, os demais atletas também tiveram que ouvir a cobrança da torcida, com o coro "Ero, ero, ero... time de pipoqueiro!" e gritos por "raça"
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
Neste sábado, os torcedores devem organizar novo protesto no CT Joaquim Grava, e cobrar mudanças na estrutura do clube
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
Torcida fez um protesto pacífico no CT Joaquim Grava e pediu, principalmente, a saída de Ronaldo e Tite
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
O clima pacifico contrasta os atos de vandalismo praticados nas instalações do clube logo após a eliminação, quando os torcedores quebraram carros de jogadores e funcionários do clube
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
Membros da principal torcida organizada do Corinthians iriam se reunir com o presidente do clube, Andrés Sanchez, no Parque São Jorge para cobrar explicações sobre o fracasso na Libertadores. Porém, o encontro foi desmarcado
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
Um dos torcedores presentes disse palavras fortes, com ofensas ao jogador: "está com medo do que, seu c...?"
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
O atacante Ronaldo chegou ao CT Joaquim Grava em um carro de luxo e acompanhado pelos veículos de seus seguranças. Os torcedores entoaram músicas de protesto contra o atacante
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
Em um terceiro protesto, no final da tarde desta sexta-feira, um novo grupo de corintianos pressionou o grupo no CT Joaquim Grava e pediu a saída do atacante Ronaldo
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
Além do atacante, Roberto Carlos, que treinou normalmente, foi alvo dos protestos
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
O lateral foi xingado e teve de explicar a um grupo de torcedores que acompanhava a atividade com bola
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
Após três minutos de conversa, jogador conseguiu acalmar os ânimos dos corintianos e ouviu um "você é o cara" de um deles
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
Pouco depois das críticas a Roberto Carlos, outro grupo de torcedores protestou contra Ronaldo. Com rojões e até champagnes, os manifestantes pediram a saída do craque do clube
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
Os manifestantes, com ironia, ofereceram um gole ao atacante
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
Após soltarem rojões, os torcedores tiveram uma conversa com o chefe da segurança do clube
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
Orientado pelos seguranças do clube, Ronaldo desistiu da ideia de deixar o CT Joaquim Grava e voltou para o local, sem treinar
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
Antes da manifestação, Tite teve tempo para supervisionar uma atividade de bote-bola entre os jogadores
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
Ameaçado no cargo, o treinador observa os atletas correrem em volta do gramado
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
Inicialmente, a atividade teve a presença apenas dos atletas que não participaram da derrota para o Tolima, mas, em seguida, os titulares foram para o campo, com exceção de Ronaldo
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
Dia conturbado teve até a presença da Tropa de Choque da Polícia Militar de São Paulo