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Magoado, Geninho corta relações com Atlético-PR: "é um adeus"

4 abr 2011 - 16h28
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O técnico Geninho ainda está atônito com a repentina decisão da diretoria do Atlético-PR em demiti-lo do cargo de treinador na noite de domingo, logo após a equipe vencer o clássico contra o Paraná de virada por 3 a 2, no Durival de Britto. Em entrevista exclusiva ao Terra, o ex-comandante afirmou que esta foi a última passagem pelo clube rubro-negro, pois está magoado da forma que foi tratado pelos dirigentes.

"Essa foi a última passagem. Não seria uma despedida, seria um adeus. Já dei o que tinha que dar ao Atlético. A maneira como fui tratado me magoou bastante. O meu relacionamento profissional com o Atlético acabou", cravou o treinador, que não encontrou palavras para explicar a demissão do clube. "Inclusive estou vendendo as minhas cadeiras e encerrando minha ligação", disse mais cedo Geninho, em entrevista coletiva.

"Difícil de explicar, de entender, porque o argumento dado é muito vago. Em 40 dias eu peguei o Atlético em uma situação complicada, sem tempo de treinar, mesmo assim a equipe teve resultado. Tivemos a última semana para treinar e quem viu o jogo falou que teve resultado. Ganhamos um clássico e depois do jogo vem a informação de troca na comissão técnica e fica difícil explicar", declarou.

A grande mágoa de Geninho é com o presidente Marcos Malucelli, considerado o mentor da decisão de demiti-lo do comando técnico do Atlético."Eu me sinto decepcionando com algumas pessoas quando precisaram de mim eu ajudei. Eu vim para cá em 2008 com o time com 90% de chances de ser rebaixado e todo mundo me chamando de louco por poder apagar o título brasileiro de 2001. Vencemos o Flamengo na última rodada e conseguimos a permanência. No ano seguinte eu fui campeão paranaense tirando a equipe da fila de três anos. Me deixa muito triste. O termo talvez não seja traído, seja decepcionado com algumas pessoas", disparou o treinador, que não poupou nem mesmo o possível substituto Adilson Batista.

"Dizem que o Adilson já tinha assistido alguns jogos da equipe, que o auxiliar assistiu o último jogo na arquibancada. Se isso realmente aconteceu me deixa me triste". Geninho descartou um mau relacionamento com alguém do elenco e voltou a culpar a diretoria pelo ocorrido. "Ótimo (o relacionamento). Todos os jogadores estão muito surpresos. Estão ligando para diretores para saber o que aconteceu. A decisão foi tomada pelo presidente que foi para Europa".

O bom momento do Coritiba na temporada, campeão do primeiro turno do Estadual, líder do segundo turno e invicto na temporada pode ter pesado na decisão do clube. Porém, Geninho afirmou que os torcedores entendiam as exibições da equipe. "è claro que quando existem apenas dois times na cidade a disputa é muito acirrada. Isso reflete. Mas não havia uma pressão da torcida. A grande maioria da torcida do atlético entendiam os resultados. Havia uma pressão muito grande da diretoria", concluiu o treinador.

Geninho dirigiu o Atlético-PR em dez partidas em sua terceira passagem pelo clube. A equipe venceu oito jogos, empatou um e perdeu apenas uma partida. O treinador sai com um aproveitamento de 83%.

Geninho segue sem entender demissão do Atlético-PR:
Fonte: Terra
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