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Bar do Neuzão se transforma em "estádio" para torcedores da dupla Ba-Vi

2 mai 2011 - 08h22
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Lindomar Assis
Direto de Salvador

Conhecido por milhares de pessoas por meio das cenas do filme "Ó Paí ó", o Bar do Neuzão, no Pelourinho, em Salvador, foi o ponto de encontro das torcidas de Bahia e Vitória para incentivarem os seus times a se classificar a final do Campeonato Baiano. No filme, Neuzão é interpretada pela atriz Tânia Toko.

No Bar do Neuzão anônimos e famosos geralmente se encontram para comemorar qualquer conquista, sobretudo, das suas equipes do coração. No domingo, quem comemorou mesmo foi a torcida rubro-negra, que mesmo com a derrota por 3 a 2 para o Bahia, garantiu vaga na final.

"Foi um time guerreiro durante o campeonato (o Vitória) e mereceu a classificação", afirmou a compositora do primeiro bloco afro da Bahia, o Ilê Aiyê, Rita Mota, mesmo sendo torcedora da equipe tricolor. "Sou Bahia, mas tenho flexibilidade de que o melhor precisa sempre vencer, e o melhor para mim será sempre bom para o meu Estado, pois se trata do Bahia ou do Vitória", ponderou Mota.

Para a presidente do Sindicato das Trabalhadoras Domésticas da Bahia, Cleuza Maria de Jesus Santos, a sua maneira de torcer é diferente. "Sou rubro-negra de coração. Amo o meu Vitória e quero que ele ganhe sempre", enfatiza a presidente, demonstrando convicção.

"E eu também amo o meu Bahia", afirmou a integrante do Movimento Negro Unificado de Mulheres do Estado, Eliana Cerqueira, mais conhecida como Rainha. "Torcemos por times diferentes, mas respeitamos uns aos outros. Vivemos em harmonia, com muita paz", ponderou Rainha.

Bom mesmo é para o dono do bar, Ricardo Matos, que aproveita a fama do local para transmitir os jogos da dupla Ba-Vi e aumentar a sua venda. Segundo Matos, após o bar ter aparecido nas cenas de "Ó Paí ó", muitos turistas começaram a visitar o local, e o negócio cresceu em 30%.

Provocações

Assistir a um clássico Ba-Vi e não ouvir gozações, principalmente em uma decisão, é sinal de que algo está errado. Porém, não foi esse o cenário no Bar do Neuzão, em Salvador, no domingo.

Bastou sair o primeiro gol do Bahia, aos 3min do primeiro tempo, para se ouvir: "Dança da bundinha, dança da bundinha, em Pituaçu, o superman virou sardinha", recorda torcedores do Vitória ao se referir à recente derrota em que o Bahia perdeu por 1 a 0 para o rival.

A vingança da torcida rubro-negra não demorou muito. Bastou o gol de empate, de pênalti, aos 21min do primeiro tempo para que a gozação fosse retribuída, após torcedores do Bahia reclamarem da penalidade marcada contra o time tricolor: "Vai chorar, é? Vai chorar, é? Chore, sardinha!", parodiando a música "Chore na Minha", da banda de pagode Saiddy Bamba.

A partir daí, a cada gol marcado, era motivo para provocações, independente do time.

Bar do Neuzão é palco de festa rubro-negra
Bar do Neuzão é palco de festa rubro-negra
Foto: Lindomar Assis / Especial para Terra
Fonte: Lindomar Assis Oliveira - Especial para o Terra Lindomar Assis Oliveira - Especial para o Terra
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