Martín Silva traz paz ao Vasco após anos de insegurança

O clichê do futebol tem razão. Todo grande time, você já sabe. No caso do Vasco campeão estadual depois de 12 anos, o time está longe de ser grande. Porém, tem sem dúvidas um grande goleiro. O uruguaio Martín Silva é uma garantia até para as piores zagas, o que não se aplica a este Vasco. Luan e Rodrigo se complementam bem e quando não encontram um ataque adversário com qualidade, brilham sem fazer força.

Quando precisam se esforçar, Martín Silva salvou o bicho, como diriam os mais antigos. Foi assim nos dois jogos da semifinal contra o Flamengo, quando fez defesas impressionantes em lances com Gabriel e Eduardo da Silva.

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Voltou a brilhar no primeiro jogo das finais contra o Botafogo e no segundo fez pelo menos quatro defesas brilhantes: primeiro em chute de Bill, depois em um finalização de longe de Rodrigo Pimpão, isso ainda no primeiro tempo. No segundo foram mais duas: uma bola no ângulo de Carleto e outro disparo potente de Pimpão.

Na arte de enrolar o jogo, Martín Silva é mestre - nada como um goleiro uruguaio para fazer cera. Enrolou desde que Wagner do Nascimento Magalhães apitou o início do clássico. Segurava a bola, demorava a bater faltas, tiros de meta. Tudo sob o olhar impassível do árbitro do jogo.

Da estirpe dos grandes goleiros como Mazurkievski e Rodolfo Rodrigues, Martín Silva chegou para acabar com tempos sombrios para a camisa 1 do Vasco desde a saída de Fernando Prass, rumo ao Palmeiras.

Agora ele precisa que a direção do clube lhe dê um time à altura de suas grandes atuações. Títulos estaduais não garantem mais muitos momentos de glória. O Brasileiro começa em uma semana e o Vasco vai precisar bem mais do que um time campeão de um torneio cuja qualidade é mais do que duvidosa.