Imprensa é impedida de registrar briga em clássico no RJ
No intervalo do clássico entre Fluminense e Vasco, que terminou com a vitória do time cruzmaltino por 1 a 0 na tarde deste domingo, no Maracanã, uma grande confusão acontecia nas arquibancadas do estádio entre torcidas dos dois times, quando a imprensa foi agredida e impedida de filmar e fotografar a confusão por seguranças particulares da Concessionária Complexo Maracanã S.A. Posteriormente, pediram desculpas.
O cinegrafista do Terra foi empurrado e retirado à força de um local considerado neutro e que tinha permissão do GEPE (Grupamento Especial de Policiamento em Estádios) para ficar. Em seguida, ao tentar filmar outra ação truculenta da empresa de segurança, contra um cinegrafista da Fox Sports, a reportagem do Terra foi impedida ao levar um tapa na mão do referido prestador de serviço da Concessionária.
De acordo com a equipe da Fox Sports, após a confusão o segurança que impediu o trabalho do cinegrafista do Terra pediu que “as imagens fossem apagadas". E para que não levassem adiante o ocorrido, para "não prejudicar ninguém”.
A proibição da imprensa circular no estádio e registrar as brigas no local tem sido frequente por parte da administração do Maracanã. Toda vez que acontece qualquer problema, a empresa de segurança fecha as grades que separa os setores, mesmo com a permissão do GEPE.
Na tarde deste domingo, três repórteres de veículos de comunicação ficaram presos entre as gaiolas que separam as torcidas, não podendo exercer o livre direito de imprensa. E sendo prensada entre duas grades e cinco seguranças. A assessoria da Concessionária foi até o local intervir no problema e conversar com os profissionais de imprensa que tentavam trabalhar. Um torcedor saiu do local algemado. Após o jogo, a concessionária emitiu nota e negou briga no Maracanã. Depois, se desculpou pelo ocorrido.
Esclarecimento:
A concessionária que administra o Maracanã lamenta o ocorrido durante o clássico do último domingo e reitera que a imprensa tem total liberdade e as melhores condições para trabalhar nas dependências do estádio. No momento da troca de insultos entre torcedores de Fluminense e Vasco, o GEPE e os seguranças patrimoniais fizeram um cordão de isolamento para que torcedores do Vasco não se aproximassem do gradeamento interno e mantivessem uma distância segura da torcida do Fluminense. Logo, por questões de segurança, não foi permitida a passagem de ninguém pelo gradeamento que separava o espaço entre as torcidas.
Ao contrário da orientação da concessionária que administra o Maracanã, um profissional, de forma desproporcional e erradamente, tentou impedir a gravação de imagens de dois veículos de comunicação (Terra e Fox Sports). O profissional já foi identificado e as devidas providências serão adotadas.