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Sucesso com Che Guevara, "guru" do uniforme faz novo projeto

Uniformes feito por designer mudam cara dos pequenos times do Rio de Janeiro;sucesso ajuda a levar visibilidade e alavancar seus combalidos cofres

4 mai 2014 - 14h16
(atualizado em 5/5/2014 às 11h46)
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Designer de camisas de clubes cariocas expõe suas criações:

O empresário Rogério Nunes tinha duas paixões: desenho e futebol. Tinha também sonhos de criança: unir suas paixões na vida adulta e poder trabalhar com isso. Há um ano, o jornalista e sócio do site FutRio conseguiu realizar o feito e, em pouco tempo, conquistou a admiração dos clubes de “menor investimento”, como gosta de chamar os times pequenos do Rio de Janeiro.

Em 2013, Nunes criou a sua primeira camisa designer para um clube de futebol, a Portuguesa da Ilha do Governador. Inspirada na bandeira de Portugal, a vestimenta foi a porta de entrada e o início da realização de seu sonho. Mas o grande sucesso chegou após o futebol de 7 do Madureira adentrar o campo de grama sintética fardado com o rosto de Che Guevara no uniforme.

Camisa do Madureira com rosto de Che Guevara vendeu mais de 10 mil exemplares
Camisa do Madureira com rosto de Che Guevara vendeu mais de 10 mil exemplares
Foto: Mônica Garcia / Artevista Comunicação, Assessoria e Empreendimentos Culturais Ltda - Especial para o Terra

A camisa conta a histórica viagem do elenco tricolor à ilha de Fidel de Castro, em 1963, ocasião na qual a delegação foi recepcionada por Ernesto Che Guevara. Até Falcão, do futsal, encantou-se com o uniforme quando a vestiu para defender o Madureira no início deste ano, na Liga das Américas.

“Não faço camisas só com desenhos, faço camisas que têm uma história. Antes de começar qualquer projeto eu estudo todo o passado do clube. Para mim, o mais importante e o que vai ficar para a posteridade é você contar uma história. A camisa do time, contando uma história, é rica e não é só um desenho, tem uma essência”, explicou o empresário.

A partir de então, o time ganhou um reforço extra em seus cofres ao ver as vendas de seu manto pularem de três a cinco unidades a cada três meses para mais de 10 mil em apenas seis meses e esgotar o estoque várias vezes. Trata-se de um verdadeiro fenômeno de vendas para um clube que se considera o quinto maior do estado, ficando atrás somente dos quatro grandes: Botafogo, Flamengo, Fluminense e Vasco.

Nunes virou uma espécie de “guru” dos uniformes conceito dos pequenos times carioca, e a próxima criação que deve conquistar os amantes de futebol é a camisa “A Viagem Proibida”, também do Madureira, que já está sendo produzida. Em 1964, durante o auge do regime comunista, a delegação de Conselheiro Galvão, a convite de Mao Tsé-Tung, foi à China e, a exemplo de Cuba, foi recebida pelo ditador local. Desta vez, no entanto, a passagem pelo solo oriental foi marcada por momentos de tensão.

“A China vivia sob forte regime comunista em plena Guerra Fria. Para piorar, o Madureira não teve permissão do Conselho Nacional de Desporto para atuar em países comunistas devido aos problemas diplomáticos entre os países. Na volta ao Brasil, os jogadores foram impedidos de deixar Pequim justamente no momento em que 12 chineses eram presos no Brasil. A negociação se prolongou, e a troca acabou acontecendo quase um mês depois”, falou Nunes.

Falcão, do futsal, aprovou uniforme com rosto de Che Guevara
Falcão, do futsal, aprovou uniforme com rosto de Che Guevara
Foto: Facebook / Reprodução

A estratégia do departamento de marketing do clube será a mesmo do uniforme anterior: a princípio, a camisa vestirá o futebol 7, mas deverá passar para o time profissional no segundo semestre.

Em um ano de trabalho já saíram do papel também as camisas do Bonsucesso, Gonçalense e Angra. Até para futebol 7 do Vasco da Gama ele criou um uniforme, mas o projeto ainda não saiu do papel, pois aguarda aprovação da empresa de material esportivo e do conselho do cruzmaltino.

Outro projeto que ainda está em produção, mas já deu o que falar no mundo inteiro, é o terceiro uniforme do Barcelona do Rio, time que formou o capitão da Seleção Brasileira, Thiago Silva.

“A camisa traz a bandeira da Espanha com seu tremular, o seu vibrante, que é o povo latino. A grande polêmica que ela gerou é por causa da questão separatista do país, que deve acontecer no segundo semestre lá. Há a votação para a separação da Catalunha da Espanha, e o Barcelona do Rio fez o contrário, uniu a Espanha toda”, explicou Rogério Nunes.

Fonte: Artevista Comunicação, Assessoria e Empreendimentos Culturais Ltda - Especial para o Terra Artevista Comunicação, Assessoria e Empreendimentos Culturais Ltda - Especial para o Terra
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