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D'Alessandro fala sobre nova fase e elogia Dunga: "fecha com o grupo"

A temporada de 2013 promete ser especial para o argentino D’Alessandro. Além de ser o camisa 10 e a referência técnica do time colorado desde 2008, quando começou a trajetória com a camisa vermelha, o "El Cabezón" agora tem mais dois ingredientes para turbinar o seu futebol

3 mar 2013 - 08h43
(atualizado às 08h56)
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<p>D'Alessandro concedeu entrevista exclusiva ao Terra e elogiou o treinador Dunga</p>
D'Alessandro concedeu entrevista exclusiva ao Terra e elogiou o treinador Dunga
Foto: Ricardo Rímoli / Agência Lance

A temporada de 2013 promete ser especial para o meia argentino D’Alessandro. Além de ser o camisa 10 e a referência técnica do time colorado desde 2008, quando começou a sua trajetória com a camisa vermelha, o "El Cabezón", apelido que recebeu na época em que surgiu no River Plate e como é chamado pelos companheiros de Inter, agora tem mais dois ingredientes para turbinar o seu futebol.

O primeiro é o fato de contar com a total confiança do técnico Dunga, que sempre deixou claro que o time é D’Alessandro e mais dez. O segundo é a responsabilidade de ser o novo capitão colorado, o meia argentino agora é a palavra do técnico dentro de campo e tem a missão de acalmar o time em momentos de tensão, além de se reportar diretamente a arbitragem, algo que parecia inviável em outros anos quando o meia argentino dizia que era perseguido pelos homens do apito e vivia tomando cartão amarelo por reclamar demais com os árbitros.

Prestes a completar 200 jogos com a camisa do Inter (ele tem 197 jogos oficiais e 40 gols marcados) ao que tudo indica a temporada de 2013 tudo será diferente, com um D’Alessandro alinhando a técnica que ajudou o Inter a conquistar uma Copa Sul-Americana, uma Libertadores da América, uma Recopa Sul-Americana e três Campeonatos Gaúchos, com um jogador mais maduro dentro de campo. O meia recebeu a reportagem do Terra para falar sobre o seu  momento no Inter e o que projetar para o ano de 2013.

Terra - O fato de ser capitão do time aumenta a responsabilidade dentro de campo? Como está sendo pra você esta nova fase?

D’Alessandro -

A responsabilidade de vestir a camisa do Inter sempre é grande, independentemente de ser o capitão. Mas lógico que ter a braçadeira te dá mais responsabilidades no jogo, diante do elenco e para a torcida. Eu estou bem satisfeito com esse começo de ano de todo o grupo. A gente fez uma pré-temporada muito boa e todos estão bem focados em atingir nossos objetivos na temporada.

<p>Dunga está na primeira temporada como técnico do Inter</p>
Dunga está na primeira temporada como técnico do Inter
Foto: Getty Images
Terra - O que o Dunga tem de diferente em relação aos treinadores que você já trabalhou?D'Alessandro - É difícil comparar. Cada um tem suas qualidades, são diferentes. Mas o Dunga fecha muito com o grupo, gosta que as coisas que são do vestiário fiquem lá dentro e acho que assim que tem que ser mesmo. Mas trabalhei com muitos treinadores bons aqui no Inter e antes de vir para cá.

Terra - O Inter aprendeu com os erros do ano passado?

D’Alessandro -

A gente tem que aprender todos os dias. O ano de 2012 foi atípico, mas ainda ganhamos um campeonato, que foi o Gaúcho. Em 2013 fizemos uma boa pré-temporada e isso vai fazer a diferença dessa vez. Acho que faltou isso no começo do ano passado, pelos jogos contra o Once Caldas (Pré-Libertadores), e daí tivemos muitos problemas de lesão. Foi a vez que mais sofri com isso na carreira, mas agora sinto que a nossa preparação vai fazer a diferença para todos os jogos que vamos ter.

Terra - Você está prestes a completar 200 jogos pelo Inter, como foi pra você este período e o que dá para projetar para o futuro? Quem sabe mais 200 jogos?

D’Alessandro -

Quem sabe (risos). Fora a brincadeira, foram muitos momentos de alegria aqui e espero poder conquistar ainda mais coisas dentro do clube. O Inter é a equipe onde mais atuei e que vou levar para sempre na minha vida, por tudo que passei e ainda quero passar no tempo que ficar. Espero poder ganhar mais títulos, pois temos condições de lutar por isso. Não tem preço ficar na memória do clube e da torcida com as conquistas que a gente já tem e ainda pode ter.

Terra - Recentemente circulou nas redes sociais uma foto onde tinha jogadores do Inter e do Grêmio em uma confraternização, como é o seu relacionamento com os jogadores do Grêmio?

D’Alessandro -

Eu tenho amigos e me dou bem com jogadores de vários clubes. Para ser sincero, acho que até foi bom sair essa foto para que todos do meio do futebol parassem para pensar um pouco que o esporte não é uma guerra. Não existem motivos para ter briga entre torcidas, confusão na rua e até mortes, como já ocorreu várias vezes em alguns confrontos de torcedores e agora teve essa tragédia na Bolívia. Todos nós somos profissionais e sabemos que, quando entramos em campo, cada um vai defender a sua camiseta até o fim. Mas não é por isso que não podemos jantar com famílias de caras de outro clube, ir em aniversário de algum colega que joga no rival ou coisas assim. Temos que lutar para que não tenha tanta violência no futebol.

Terra - Até que ponto ter que jogar em Caxias pode atrapalhar o time (com a reforma do Estádio Beira-Rio para a Copa de 2014, o Inter locou o Estádio Centenário, em Caxias do Sul para atuar durante a temporada de 2013)?

D'Alessandro -

 Claro que é diferente a gente jogar longe do Beira-Rio, que é nossa verdadeira casa. Mas o Centenário tem um gramado muito bom e tomara que a torcida possa nos apoiar como fez no último Gre-Nal. A gente viu como o Cruzeiro e Atlético-MG sofreram sem o Mineirão, por exemplo, e temos que tentar minimizar esses problemas. Por isso, o torcedor será fundamental com a presença e suporte dele para toda a equipe. Dependendo da situação, alguns times podem até tentar jogar um pouco mais, por não ser o nosso estádio, e nos darão mais espaços. O tempo que vai mostrar.

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Terra - Argentina e Brasil ficaram de fora do Mundial Sub-20, isto é um sinal de que o futebol dos outros países evoluiu? Como você vê a revelação dos jogadores argentinos?

D’Alessandro -

Acho que mostra que o futebol está muito equilibrado e que ninguém pode pensar que vai ganhar algo antes de entrar em campo e jogar. Penso que Brasil e Argentina já tiveram gerações melhores, mas no caso do Brasil, muitos jovens já estão na Seleção principal, como Neymar, Lucas, Oscar, o próprio Damião, que está com a gente no Inter. Então, às vezes é normal ter uma queda de um ciclo para o outro. Na Argentina, os clubes precisam dar mais atenção para as categorias de base, formar mais atletas. Infelizmente estamos ficando para trás na questão financeira. Então tem que pensar estratégias para tentar igualar de alguma forma e conseguir revelar jogadores.

Terra -  O que esperar do Inter para 2013?

D’Alessandro - Espero lutar por títulos. Temos um grupo bastante motivado, que mudou algumas peças, mas que está com muita vontade de vencer cada partida que tem pela frente. Acho que precisamos focar bastante no trabalho do dia a dia, nos esforçar muito nos treinamentos, para chegar bem nos jogos. Os atletas mais experientes tem que ajudar a "puxar" o elenco para ter essa entrega e sinto que todos estão muito dispostos a lutar pelos objetivos do ano.

Fonte: Cristiano Leonardo S. da Silva Jornalismo - Especial para o Terra Cristiano Leonardo S. da Silva Jornalismo - Especial para o Terra
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