/images.terra.com/2020/01/09/goias.png "Logo do Goiás")
Final do Goiano tem velhos conhecidos e duelo emergente
Ao traçar seus planejamentos para o ano de 2014, as diretorias de Atlético-GO e Goiás decidiram algo em comum: apostar em técnicos emergentes no cenário nacional. Com trajetórias semelhantes e particularidades, Claudinei Oliveira, pelo lado esmeraldino, e Marcelo Martelotte, pelo rubro-negro, chegaram à decisão do Campeonato Goiano e têm a oportunidade de gravar seus nomes na história da competição logo em suas estreias.
Foi goleiro do Santos e apareceu para o cenário nacional após assumir o alvinegro da Baixada Santista interinamente. Essa afirmação cabe tanto para Claudinei Oliveira quanto para Marcelo Martelotte, mas os dois treinadores carregam suas diferenças e particularidades. O esmeraldino, por exemplo, é mais extrovertido e gosta da famosa "resenha", já o rubro-negro é mais recatado.
Na função de treinador de equipes profissionais, Martelotte é um pouco mais experiente. No ano passado, comandou Santa Cruz, por quem ganhou o Campeonato Pernambucano, além de Sport e Náutico. Claudinei fez boa campanha pelo Santos após assumir no lugar de Muricy Ramalho, mas ainda persegue seu primeiro título da carreira.
Agora, os dois técnicos da nova geração medem forças na final do Campeonato Goiano. Martelotte analisou o confronto contra Claudinei e comentou a importância do trabalho realizado pela nova safra de treinadores.
“Primeiro eu fico satisfeito que esteja havendo essa renovação, acho que é importante que apareçam novos técnicos com novas ideias, conceitos diferentes, que possam fazer não só que suas equipes cheguem às finais, mas que a gente consiga mudar alguns aspectos no futebol brasileiro em um aspecto geral”, comentou.
Martelotte ainda revelou que fica feliz com a campanha realizada por Claudinei, um velho conhecido com quem jogou no Bragantino e também trabalhou no Santos. “Fico satisfeito também por ser o Claudinei, uma pessoa que conheço há muito tempo, que tive uma convivência muito boa no Santos. O fato de estarmos na final agora mostra a capacidade dele também e a nossa de poder ter feito do trabalho, das dificuldades que tivemos aqui e ter chegado nessa final”, frisou.
Por outro lado, Claudinei Oliveira minimizou o duelo particular entre os treinador. Para o técnico do Goiás, será um prazer reencontrar Martelotte. “O jogo é Goiás e Atlético-GO, não jogo é Claudinei contra Marcelo Martelotte. Vai ser mais uma vez uma satisfação reencontrar o Marcelo, é um cara por quem tenho um respeito muito grande, um cara muito correto e sério no que faz, assim como o Júnior que também conheço. Nos encontramos algumas vezes, chegamos a jogar juntos, depois trabalhamos próximos lá no Santos, eu na base e ele no profissional”.
O treinador esmeraldino ainda disse que torce pelo sucesso do ex-companheiro dos tempos de Santos, mas que espera que esse sucesso comece na próxima segunda-feira apenas. Claudinei também salientou a importância do surgimento de treinadores emergentes e que eles obtenham sucesso.
“A gente torce para que ele tenha sucesso na carreira dele, menos no domingo, que ele não tenha tanto sucesso no domingo. Mas a gente torce para o sucesso do Marcelo, é um cara merecedor, um dos treinadores da nova geração e quanto mais treinadores novos surgirem e fizerem bons trabalhos vai abrindo campo para que novos venham”, comentou.
Após o apito final na tarde deste domingo, um dos dois sairá do Serra Dourada sorrindo. Não se sabe se Martelotte por seu segundo estadual consecutivo, ou se Claudinei com sua primeira taça na carreira e, de quebra, com uma conquista invicta.
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