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Campeonato Goiano

Prisão de ex-dirigente acusado de encomendar morte abala Atlético-GO

5 fev 2013 - 08h09
(atualizado às 08h09)
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No último sábado, o ex-vice-presidente do Atlético-GO, Maurício Sampaio, foi preso suspeito de encomendar a morte do cronista esportivo Valério Luiz em julho de 2012. A motivação do crime seria as duras críticas que Valério fazia à diretoria rubro-negra e em especial ao, então, vice-presidente.

Valério Luiz foi morto em julho de 2012
Valério Luiz foi morto em julho de 2012
Foto: Reprodução

Com a vinculação do nome do clube em relação ao crime, o atual diretor de futebol do Atlético-GO, Adson Batista, foi questionado se o episódio poderá atrapalhar o futuro do clube. Adson lamentou o ocorrido e disse que ainda não acredita no que aconteceu. O dirigente ainda salientou a importância que o ex-dirigente tinha dentro do Atlético-GO.

“É um questão complicada, eu prefiro falar de futebol, acho até que o presidente ainda vai se manifestar. O Maurício foi uma pessoa importantíssima aqui, até agora eu não acredito em tudo isso, ele sempre foi uma pessoa muito importante dentro do clube”, frisou.

Adson explicou que conviver com essa situação foi muito difícil e pesou no ambiente do clube. Antes das investigações da Polícia Civil de Goiás apontarem Maurício Sampaio como o mandante do assassinato, muitas acusações eram feitas envolvendo o nome do ex-dirigente. Adson Batista disse que lamenta tudo o que aconteceu e espera que a Justiça conduza tudo de agora em diante.

“Essa situação foi muito ruim, entendo o que aconteceu com a família e infelizmente tivemos que conviver com isso. Foi muito desgastante aqui dentro do Atlético-GO. A Justiça agora é quem tem que julgar”, comentou.

Sobre o fato de um crime dessa natureza estar vinculado a um ex-dirigente do clube, Adson foi taxativo ao dizer que a instituição não pode pagar pelo que não fez. O diretor voltou a ressaltar a importância de Maurício Sampaio e disse que o ocorrido não deverá manchar a imagem do clube.

“O Maurício foi uma pessoa importantíssima para nós aqui e isso nada vai atrapalhar. Acho que a imagem do Atlético-GO não vai se abalar, é uma instituição que tem quase 80 anos, é maior que tudo isso. A gente não pode misturar as coisas”, analisou.

Entenda o caso

O cronista esportivo Valério Luiz foi assassinado no dia 5 de julho de 2012 quando saía da rádio em que trabalhava por volta das 14h com seis tiros. A principal suspeita desde então era que a sua morte teria como motivo as críticas que ele fazia à diretoria do Atlético-GO.

Por causa de suas declarações fortes e duras críticas, os veículos de comunicação em que trabalhava (uma emissora de rádio e uma de TV) ficaram proibidos de entrar nas dependências do clube.

Após quase sete meses de investigação, a Polícia Civil chegou a uma conclusão e prendeu na última sexta-feira três suspeitos de participarem da execução do crime. No dia seguinte, decretou a prisão de Maurício Sampaio.

Nesta segunda-feira, a delegada titular da Delegacia de Investigação de Homicídios (DIH), Adriana Ribeiro, revelou em entrevista coletiva que não tem dúvidas sobre a participação do ex-dirigente no crime. Maurício Sampaio foi interrogado e voltou a alegar inocência no caso.

Para Adriana Ribeiro, o crime foi mesmo motivado pelos comentários que Valério Luiz fazia e que o estopim teria sido uma declaração específica. Em meados de junho do ano passado, Maurício Sampaio deixou a vice-presidência do Atlético-GO e Valério Luiz fez a seguinte comparação: “Quando o barco está enchendo de água, os ratos são os primeiros a pular fora”.

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Fonte: Terra
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