Revoltado com arbitragem, Ipatinga ameaça não disputar final
O Ipatinga passou pelo Cruzeiro no Mineirão com certa tranquilidade, vencendo por 3 a 1, e chegou à final do Campeonato Mineiro neste domingo. Apesar da vitória, o time reclamou muito da arbitragem, que teria prejudicado a equipe visitante. A final será contra o Atlético-MG, mas o presidente Itair Machado - que durante a semana denunciou a comissão de arbitragem da Federação Mineira de Futebol ao Ministério Público - ameaça não jogar a decisão caso uma medida não seja tomada.
"Todo mundo viu que o Ipatinga foi prejudicado, mas esse filme aí já vem acontecendo. Vou analisar o regulamento e, se realmente (a punição) for só cair para a Segunda Divisão do Mineiro, nós pretendemos não jogar. Impossível que o Paulo Schettino (presidente da Federação Mineira de Futebol) não tenha visto isso aqui hoje. Eu ligo para ele e ele fala que é com o Jurandy (Gama Filho, presidente da comissão de arbitragem da FMF). O Jurandy entende menos do que ele. O Jurandy é um treinador frustrado, está no futebol só para aparecer, não gasta um real do bolso dele", afirmou.
O árbitro mineiro da Fifa, Ricardo Marques Ribeiro, não marcou dois pênaltis para o Ipatinga, anulou um gol do atacante Alessandro e seguiu seus auxiliares que sinalizaram impedimentos inexistentes marcados contra o clube do Vale do Aço.
"O Ipatinga está insatisfeito por esse lado, não adianta você jogar uma final. O Ipatinga tem condição de fazer bons jogos na decisão, mas a questão agora não é essa. E ano que vem, como vai ficar, do mesmo jeito? Esse árbitro é fenomenal, mas como esse árbitro fenomenal erra tanto assim? Foi carta marcada, alguém tem que tomar uma providência", disse o dirigente.
Itair Machado pediu à Federação Mineira de Futebol que colocasse profissionais de outro estado para apitar o segundo jogo contra o Cruzeiro. O pedido, porém, foi vetado.
"Parece que vou ficar falando igual bobo aqui. Encaminhei ao Ministério Público, para a Federação pedindo árbitro de fora, mas nós não fomos atendidos porque o doutor Paulo insiste em manter um cara num cargo principal que não entende de nada. Ele não sabe se a bola é redonda ou quadrada. Uma providência tem que ser tomada. O 'dois pesos e duas medidas' é violento no futebol mineiro".
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Gazeta Esportiva
