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Campeonato Paranaense

Ciranda de técnicos: a marca do Atlético-PR na era Petraglia

19 mar 2015 - 18h44
(atualizado às 18h54)
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O técnico Enderson Moreira mal assumiu, mas já tem alguns grandes desafios pela frente no Atlético-PR. O imediato é reanimar o time, que vive uma péssima fase no Campeonato Paranaense e possui grande chance de participar do vexatório Torneio da Morte. Consequentemente, o comandante precisa se manter no cargo, algo muito difícil no clube sob a presidência de Mário Celso Petraglia.

Nas duas passagens no Atlético-PR, a primeira de 1995 a 2008, e a atual, que começou em 2012, Petraglia realizou 46 trocas no comando técnico e contratou 37 treinadores diferentes para dirigir a equipe atleticana. Isso sem computar comandantes de times alternativos ou então interinos.

Se os interinos forem computados (12 vezes no total), o clube obteve 58 trocas no comando técnico, totalizando 43 profissionais dirigndo o Atlético-PR na era Mário Celso Petraglia. Entretanto, nenhum treinador que assumiu a equipe no Campeonato Paranaense conseguiu ir até a última rodada do Campeonato Brasileiro com o dirigente no poder.

<p>T&eacute;cnicos n&atilde;o se mant&ecirc;m por muito tempo no cargo na administra&ccedil;&atilde;o de&nbsp;Mario Celso Petraglia</p>
Técnicos não se mantêm por muito tempo no cargo na administração de Mario Celso Petraglia
Foto: Atlético-PR / Divulgação

E até mesmo um técnico se manter no cargo por todo o Campeonato Brasileiro é raro. Nesse período todo ocorreu somente três vezes, sendo que a última foi em 1999, com Oswaldo Alvarez, o Vadão - os outros dois casos foram com Evaristo de Macedo, em 1996, e Abel Braga, em 1997.

Uma das trocas de treinadores mais surpreendentes no Atlético-PR foi a saída de Vagner Mancini, que não teve o contrato renovado no final de 2013 após chegar a final da Copa do Brasil e terminar o Campeonato Brasileiro na terceira colocação. "A verdade é que é um clube com uma estrutura muito grande, mas com uma gestão que não acompanha isso tudo", disparou o técnico.

Para Mancini, o clube reflete o pensamento do futebol brasileiro. "Passam pregando que precisamos nos espelhar na Europa, com o fim dos Estaduais e pré-temporadas mais longas. Mas para ajustar os problemas adotam a velha cultura brasileira de demitir técnicos", finalizou o comandante.

Fonte: PGTM Comunicação - Especial para o Terra PGTM Comunicação - Especial para o Terra
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