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Campeonato Paranaense

Times do interior do PR buscam receita com programa de sócio

Apenas dois clubes dos 12 participantes do Campeonato Paranaense não possuem plano de associação

21 jan 2015 - 09h36
(atualizado às 09h42)
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Londrina subiu da Série D para a C do Campeonato Brasileiro, e espera que a torcida se associe em peso
Londrina subiu da Série D para a C do Campeonato Brasileiro, e espera que a torcida se associe em peso
Foto: Londrina Esporte Clube / Divulgação

Fonte de receita há anos dos clubes da capital, o programa de sócio-torcedor, aos poucos, vai ganhando força no interior do estado. Dos 12 participantes do Campeonato Paranaense desta temporada, apenas dois não criaram nada a respeito. Pelo menos até o momento.

Assim como os três times da capital, alguns clubes vão adaptando o plano a cada campeonato, moldando da forma que melhor agrada sua respectiva torcida. Os valores entre os clubes variam bastante. Quem tem calendário cobra mensalmente durante o ano. Quem não tem cobra um valor único que tem parcelamento. O número de parcelas depende do preço e do time.

O Cascavel, por exemplo, tem quatro planos diferentes, que ficam entre R$ 150 e R$ 2.500 – vale destacar que é um valor único, que pode ser parcelado, e não mensal. Mesmo com um valor considerado alto em algum caso, o maior entre times fora de Curitiba, a expectativa de venda é boa.

"O valor do ingresso é R$ 40. Se o torcedor associar, fica praticamente a metade do que seria gasto indo na bilheteria em todas as partidas, e ainda tem inúmeras vantagens, como ganhar a camisa oficial logo na adesão. O Cascavel é um time que não tem verba, e o custo é altíssimo para disputar o torneio. Fizemos um estudo com base  na bilheteria, e a projeção otimista é de conseguir mil sócios. Hoje temos 150", explica Thiago Heitor Presser, diretor da Ok Ingressos, que também presta serviço ao Maringá e Foz do Iguaçu.

Já o Londrina, por outro lado, lançou recentemente um novo plano que tem preços de apenas R$ 15 a R$ 60, em cinco categorias. A ideia é ter um alto número, já que o atual campeão paranaense também subiu de divisão nacional: da Série D para a C. Essa primeira opção é a mais barata entre todos os 12 participantes do Estadual.

O FC Foz é um caso à parte, pois foi o último a ter a confirmação de que iria atuar na elite, já que o Arapongas desistiu da competição por problemas financeiros. Com isso, os dirigentes não tiveram muito tempo e, até por isso, o site e o programa de sócios ficaram para ser lançados em cima da hora – ainda não estão no ar. O clube programou dois planos: sócio-torcedor tradicional, no valor de R$ 350 ou 400 (podendo parcelar), e o sócio vip "milão", que pode ser parcelado em 12 vezes de R$ 88,70.

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"Acredito que a gente tenha isso tudo disponível na semana. A expectativa é boa, mesmo sendo o último clube a ser confirmado na disputa. Ficou tudo muito em cima e tivemos que nos adaptar. Por ser novidade, a cidade vai nos apoiar", afirmou Roberto Mafra, gerente de marketing do Foz.

Um dos dois clubes que não possui plano e sequer pensa em fazer algo nesta linha é o Nacional de Rolândia. Para o presidente José Danilson Alves de Oliveira, o ingresso avulso traz mais dinheiro do que um programa de fidelidade. "Estamos estudando, nada certo. Acredito que não façamos por ser cidade pequena, não é vantajoso para nós", declarou.

Atlético-PR vira "exemplo"

Com um discurso bastante semelhante ao do presidente do Atlético-PR, Mario Celso Petraglia, a diretoria do Operário inflou o preço dos ingressos, começou a modernização do Estádio Germano Krüger e já conta com 400 membros associados. A meta é alcançar 2 mil até o início do Estadual.

"Instalamos mil cadeiras padrão Fifa, catracas eletrônicas, novos banheiros, bares, acessos e estacionamento. E jogamos o preço do ingresso lá em cima. Nosso ingresso avulso é supercaro (R$ 80 a inteira, R$ 40 a meia-entrada), mas a ideia é mudar a mentalidade do torcedor, para ele se tornar sócio", afirmou Antonio Mikulis, ex-presidente e atual diretor de futebol do Operário, ao jornal Gazeta do Povo. "Não adianta o sujeito se declarar torcedor apaixonado. É preciso colocar dinheiro no clube", finalizou.

No trio de ferro, o sócio-torcedor já é uma realidade há anos, sendo uma fonte de renda fundamental atualmente para tentar diminuir a disparidade de valores entre as cotas de televisão e patrocínios com clubes de Rio, São Paulo, Minas e Rio Grande do Sul. Entretanto, os três ainda seguem tentando "incrementar" os seus planos para melhor adaptar sua torcida.

O sonho do Atlético-PR, por exemplo, é de chegar a 40 mil sócios. Essa é até uma cobrança do presidente Mario Celso Petraglia, que alega ser a única forma de conseguir formar um time competitivo dentro de campo para que possa disputar títulos nacionais. Atualmente, o número é na faixa de 23 mil associados.

No Coritiba, a marca de associados já chegou a ultrapassar os 32 mil na época que chegou a segunda final consecutiva da Copa do Brasil, em 2012. Agora tá em aproximadamente 22 mil. Já no Paraná, o maior número foi de 9 mil, quando ainda era dividido entre social e futebol e ficou perto do acesso à Série A em 2013 – no final de 2014, o clube unificou o plano e espera alavancar os mais de 5 mil sócios.

Confira os planos dos times do interior paranaense

Cascavel:

Quanto custa?

Coração Auri Negro (R$ 150), Sempre por Cascavel (R$ 220), Auri Negro Campeão (R$ 320) e Juntos por Cascavel (R$ 2.500).

O que eu ganho?

Tirando o primeiro plano, que tem desconto de 50% no ingresso, os demais têm acesso livre ao estádio e possuem rede de vantagens.

Como eu faço?

http://www.fccascavel.com.br/

Futebol: Foz do Iguaçu se prepara para o Campeonato Paranaense:
Foz do Iguaçu:

Quanto custa?

Sócio Tradicional (R$ 350) e Sócio Milão (R$ 1.064).

O que eu ganho?

Acesso aos jogos do clube, além de uma rede de vantagens com empresas parceiras.

Como fazer?

http://www.fozfutebol.com.br/

Londrina:

Quanto custa?

O clube reformou o programa em cinco modalidades: R$ 15 (bronze), R$ 40 (prata e Falange Azul),  R$ 60 (ouro) e corporativo.

O que eu ganho?

Tirando o bronze, com desconto no bilhete, os demais têm acesso livre ao estádio. Todos possuem rede de vantagen.

Como eu faço?

http://www.sociotubarao.com.br/

Maringá:

Quanto custa?

Lançado em 2014, o programa do clube tem apenas um plano: R$ 29 mensais ou R$ 348 à vista.

O que eu ganho?

Acesso exclusivo no estádio com estacionamento, ingresso pela metade do preço e desconto em lojas parceiras.

Como fazer?

http://www.sociotorcedormaringafc.com.br

Nacional:

Quanto custa?

Não possui plano. Ingresso a R$ 20,00.

O que eu ganho?

Não possui plano.

Como fazer?

Ingresso na bilheteria.

Operário:

Quanto custa?

O Fantasma tem dois planos de sócios: R$ 80 (ouro) e R$ 40 (prata).

O que eu ganho?

Ouro: ingressos para as cadeiras. Prata: bilhete de arquibancada. Oferece desconto, além dos benefícios do Movimento por um Futebol Melhor.

Como fazer?

Comparecer ao clube e realizar cadastro.

Atacante Giva promete gols para fazer história no Coritiba:

Prudentópolis:

Quanto custa?

Não possui plano. Ingresso a R$ 20,00.

O que eu ganho?

Não possui plano.

Como fazer?

Ingressos nas bilheterias.

Rio Branco:

Quanto custa?

Divididos em três tipos, o Leão tem: R$ 40,00 (bronze), R$ 70 (prata), R$ 120 (ouro).

O que eu ganho?

Acesso ao estádio e clube de vantagens. Prata e ouro podem votar nas eleições.

Como fazer?

http://riobranco.torcedordevantagens.com.br

Time do litoral aderiu ao Movimento Por Um Futebol Melhor, em dezembro de 2014
Time do litoral aderiu ao Movimento Por Um Futebol Melhor, em dezembro de 2014
Foto: Rio Branco / Divulgação
J. Malucelli:

Quanto custa?

O Jotinha possui dois tipos de associação: individual (R$ 150) e família (R$ 200).

O que eu ganho?

Direito a entrada para jogos no Ecoestádio – no familiar são três, além de ações e promoções de marketing.

Como fazer?

http://www.jmalucellifutebol.com.br
Fonte: PGTM Comunicação - Especial para o Terra PGTM Comunicação - Especial para o Terra
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