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Enderson vê críticas educativas e nega bronca "no ouvidinho"

5 mar 2015 - 12h41
(atualizado às 12h44)
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O técnico Enderson Moreira tratou de minimizar os reflexos pelas polêmicas críticas públicas as jovens revelações do clube. O comandante santista, que não poupou uma possível supervalorização de alguns nomes, justificou que as declarações tem uma espécie de cunho educativo, para evitar a individualidade no elenco, e que são vistas como normais no meio do futebol.

<p>Enderson não tem priorizado os jovens da base neste ano</p>
Enderson não tem priorizado os jovens da base neste ano
Foto: Ricardo Saibun / Divulgação Santos FC

"Eu faço criticas, e, primeiramente, com os atletas especificamente. E falo de uma maneira geral. O meu desafio é fazer com que os atletas entendam que a coletividade é maior do que a individualidade. Individualmente, ninguém vai chegar a lugar nenhum. Ninguém consegue conquistas individuais se as conquistas do grupo não se sobressaírem", disse o treinador.

"Acho que um menino precisa conquistar, mas a facilidade não é educativa. Eu poderia dar muito mais aos meus filhos, mas a dificuldade é questão de educação. É uma questão de princípios. Eu, como sou professor de educação física, tenho esses mecanismos aguçados", completou.

Enderson, que se orgulha do passado com trabalhos desenvolvidos em categorias de base, não poupou a atual safra de Meninos da Vila, respeitada no clube pela conquista do bicampeonato da Copa São Paulo, em 2013 e 2014.

O treinador declarou na entrevista à Rádio Bandeirantes dizendo, sem citar nomes, que alguns atletas "se acham mais do que são", mas que "não conquistaram nada", "não são referências" e que ainda precisam caminhar muito para solidificarem suas carreiras.

"Você não tem como chegar no ouvidinho de cada um e falar devagar. Você não tem como chegar no ouvido. O ambiente de campo é outro. Quem está acostumado sabe como as coisas funcionam. Não há nada pessoal, apenas orientações técnicas e táticas. É uma coisa mais normal. Já aconteceu várias vezes. Cobramos, porque é nossa função cobrara e exigir. Agora, eu demonstrar seria um desastre", explicou.

As declarações do treinador já haviam sido rebatidas pelo zagueiro Gustavo Henrique, um dos barrados, que atribuiu a interpretação à tentativa de "mostrar potencial" e acredita que o treinador pode ter "confundido", sustentando que as principais referências do atual elenco são da safra de 2003, tendo como liderança mais nova o atacante Robinho, 31 anos.

O ponto mais polêmico foi o fato de ter barrado Gabigol, artilheiro do último ano, com 21 gols. Gabriel perdeu a pré-temporada e os primeiros jogos do Santos no ano pelo fato de estar com a Seleção Brasileira Sub-20 no Sul-Americano da categoria, disputado no Uruguai. Desde que voltou, o camisa 10 passa por uma espécie de recomeço e ainda não teve chances como titular mesmo diante da seca de Ricardo Oliveira, que não marca há quatro jogos.

Gabriel é criticado, principalmente, por sua pouca entrega tática, algo exaltado em seu concorrente de posição, a quem diz que "trabalha muito para a equipe". Nos bastidores, o atleta é visto por alguns como um jogador individualista. Incomoda, também, as contantes pedidas de seu estafe por "tratamento vip" pelo assédio desde criança.

Além de Gabigol, Enderson preteriu Gustavo Henrique e outros dois meninos, Leandrinho e Lucas Otávio, para escalar o volante Valencia. Atualmente, só conta com Geuvânio de jovem entre os titulares.

Fonte: K.R.C.DE MELO & CIA. LTDA – ME K.R.C.DE MELO & CIA. LTDA – ME
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