Inspirado em Eto’o, Joel pensa em ter vida longa no Santos

O segundo reforço do Santos para 2016 foi apresentado nesta quarta-feira e já traçou dois objetivos imediatos: lutar para renovar seu contrato após o fim do vínculo de empréstimo, em dezembro, e tentar fazer um pouco do que seu conterrâneo e ídolo Samuel Eto’o já realizou pela Seleção de camarões e pelo Barcelona. Aos 22 anos, o jogador deve ser utilizado como reserva imediato de Ricardo Oliveira.

"Uma satisfação imensa poder ser considerado jogador do Santos. Sei que a torcida se inflama. Sei quanto é difícil jogar contra o Santos na Vila. O estilo ofensivo do Santos combina comigo. Quero ajudar ao Santos ao longo do ano", disse o atacante, em seu primeiro pronunciamento na sala de imprensa do CT Rei Pelé.

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Joel pertence ao Cruzeiro, clube pelo qual teve pouco espaço em 2015, e já não pretende regressar a Minas Gerais. Nesta quarta, o jogador admitiu que vai se empenhar ao máximo para renovar seu contrato com o Peixe em 2017.

"Quero ser contratado ao final do contrato para não voltar ao Cruzeiro. Tenho que conquistar isso com o trabalho ao longo do ano. Vou dar o meu melhor para que as coisas aconteçam da melhor forma possível", comentou, antes de explicar o motivo de seu "fracasso" pela Raposa.

"Fui muito bem no Coritiba, mas tive uma lesão no Cruzeiro que atrapalhou meu ano. Estou 100% agora, bem recuperado e vou conquistar espaço com meu trabalho. Vim para somar e mostrar meu trabalho no dia a dia. Espero que o Dorival me encaixe no sistema. Objetivo é ajudar o Santos em todas as partidas que eu vim disputar", reforçou o atleta, que se espelha no consagrado Samuel Eto’o para brilhar com a camisa santista.

"Eu acho que se eu fizer metade do que o Eto'o fez, vai ser muito pra mim. Espero trabalhar para chegar aos pés desse meu grande ídolo", brincou Joel.

Apesar da pouca idade, Joel não se mostrou tímido em momento algum, falou com entusiasmo do ambiente entre os jogadores, onde “todo mundo fala com todo mundo” e já avisou que prefere atuar centralizado e gosta de bolas aéreas. Com português fluente e pouco sotaque, o camaronês ainda fala inglês, francês e espanhol, e contou que acompanha o futebol brasileiro desde a época em que morava em Nkongsamba, sua cidade natal.

"O africano admira muito o futebol brasileiro. Por ser atleta, a gente sonha alto. Lá fora, o Brasil tem fama de futebol bonito e organizado. Vim para fazer história. Subir gradativamente. Me sinto realizado por chegar a um clube mundialmente conhecido como o Santos. Patamar que precisamos dar valor", ressaltou.

"Minha relação com o futebol brasileiro começou no Camarões. Conhecia Corinthians, Santos e Flamengo desde pequeno. Santos pela fama de revelar jogadores. Neymar, Robinho... Se falava muito do Pelé. Me sinto honrado por jogar aqui", completou.

Confira outros trechos da entrevista de Joel no Santos:

Como chegou ao Brasil

"Teve um campeonato organizado no Camarões. Joguei e fui artilheiro. Um olheiro me trouxe para o Brasil. Vim para o Iraty, não cheguei a jogar, e fui para o Londrina. Fiquei quatro anos lá. Depois Coritiba e Cruzeiro".

Expectativa para jogar o Paulista

"Campeonato Paranaense é diferente do Mineiro, que é diferente do Paulista. Acompanhava e é o estadual mais disputado, mais difícil. A gente vai dar o nosso melhor para dar continuidade no que o Santos já vinha fazendo".

Chance de jogar com Robinho

"ogar ao lado do Robinho seria um sonho realizado. Isso não tem preço. Seria uma satisfação imensa".

Diferenças entre o futebol africano e o brasileiro

"Futebol africano é conhecido como futebol de força física. Jogador aparenta ser mais forte. Diferente do Brasil. De técnica, habilidade, jogadores leves. Minha adaptação não foi fácil, mas eu consegui. Foram quatro anos no Londrina, comecei na base, e consegui"