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Julgamento de Dudu tem machismo e "cornetada" em T. Heleno
O julgamento do recurso do meia-atacante Dudu não teve nem o jogador e nem mesmo o advogado do Palmeiras como destaque. Wladimir Cassani, um dos auditores presentes, chamou a atenção de todos ao insinuar que mulheres não entendem de futebol, atacar o jornalista Juca Kfouri e até mesmo "cornetar" a passagem do zagueiro Thiago Heleno pelo clube alviverde.
"Tem gente que não sabe nem que o goleiro pode pegar a bola com as mãos, principalmente mulheres", afirmou Cassani durante um comentário para a decisão do próprio voto. A atitude foi repreendida até pelo presidente da sessão, Mauro Marcelo de Lima e Silva, que destacou que havia uma mulher entre os juristas responsáveis pelo julgamento, inclusive. Cassani afirmou que foi apenas uma brincadeira.
Mas essa não foi a única fala polêmica do auditor. O Palmeiras usou um lance do zagueiro Thiago Heleno, que empurrou o árbitro quando jogava pelo Figueirense, na defesa. Após comentar o lance, o jurista fez um adendo: "eu não sei como o Palmeiras contratou esse jogador".
A crítica tem uma explicação. O auditor é palmeirense declarado. Ele votou pela mudança do artigo em qual Dudu seria enquadrado, o que liberaria o jogador a atuar normalmente em 2015. Cassani disse que o voto não foi influenciado pelo fato de ter envolvido o clube de coração.
A pena de 180 dias por causa do empurrão no árbitro Guilherme Ceretta de Lima foi mantida no TJD-SP por 7 votos a 2. Além disso, Dudu pegou mais um jogo de gancho por ter ofendido o árbitro no mesmo lance. O Palmeiras ainda deve recorrer ao STJD para reverter a punição.
Sobrou até para o jornalista Juca Kfouri, que cobrava pressa do TJD para o novo julgamento de Dudu. "Gostaria de lembrar o jornalista Juca Kfouri que julgamos quando temos tempo hábil. Temos família. Se ele não tem, o problema é dele", comentou Cassani.
