Marcos lembra triunfos sobre Corinthians: "pressão absurda"
O ex-goleiro Marcos, campeão continental com o Palmeiras, participou do lançamento do livro "Libertadores - Paixão que nos une", escrito pelo jornalista Nicholas Vital, na noite desta sexta-feira. No Museu do Futebol, o ídolo lembrou as marcantes vitórias sobre o Corinthians na campanha de 1999.
Na fase de grupos do torneio continental, cada clube venceu uma partida. Assim como nas quartas de final, o que levou a decisão da vaga para os pênaltis. Com as falhas dos corintianos Dinei e Vampeta diante de Marcos, o Palmeiras seguiu caminho rumo ao título.
"Os dois times já tinham algumas participações na Libertadores, mas nunca haviam conquistado o título. Esse tipo de partida é legal para quem torce, mas péssimo para os jogadores, porque a pressão da imprensa e da torcida é imensa. Tivemos a felicidade de vencer, mas a pressão foi absurda, maior até do que na final", disse Marcos.
Escalado pelo técnico Luiz Felipe Scolari para substituir o lesionado Velloso, considerado titular, Marcos teve grandes atuações nos confrontos da fase eliminatória contra o Corinthians. Irreverente, ele recordou a situação delicada em tom de brincadeira.
"Na época, foi terrível. O Velloso era experiente e estava bem na competição, enquanto eu tinha poucas partidas como titular do Palmeiras. Foi uma semana de muita oração, mas no final deu certo. Antes de um jogo como esse, você torce até para se machucar nos treinamentos durante a semana", afirmou, arrancando risos da plateia.
No ano seguinte, o Palmeiras voltou a eliminar o Corinthians nos pênaltis, desta vez na semifinal da Copa Libertadores. "Isso mostra que os times naquela época eram muito parecidos", recordou Marcos, responsável por defender a cobrança de Marcelinho Carioca.
Classificado para a decisão da edição de 2000 da Copa Libertadores, o Palmeiras perdeu do Boca Juniors, também nos pênaltis. Na semifinal de 2001, após uma atuação desastrosa do árbitro paraguaio Ubaldo Aquino na primeira partida, os argentinos eliminaram o time brasileiro na semifinal, mais uma vez nos pênaltis.
"A Bombonera é um estádio de muita pressão. A torcida fica em cima e você não consegue se comunicar. Além disso, o Boca catimba muito. É um time especializado em te deixar nervoso, e muitas vezes o árbitro acaba deixando isso acontecer", disse Marcos sobre a equipe argentina, dona de seis títulos continentais.
O livro "Libertadores - Paixão que nos une", escrito pelo jornalista Nicholas Vital, se propõe a contar a "história completa do mais tradicional torneio de futebol interclubes das Américas". A obra, publicada em português e espanhol, foi editada pela Cultura Sustentável.