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No reencontro com Santos e Pacaembu, Giovanni quer a vitória

15 mar 2009 - 09h46
(atualizado às 09h47)
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Giovanni não atuou cinco ou seis anos com a camisa do Santos. Não tem um marketing pessoal dos seus contemporâneos Túlio ou Romário e não conquistou título algum na Vila Belmiro. Mas sua empatia com os torcedores santistas é algo muito grande. E poderá ser aferida neste domingo, às 19h10, no Pacaembu, quando o clube alvinegro reencontrará seu ídolo do lado oposto, vestindo a camisa do Mogi Mirim.

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Giovanni, 37 anos, escreveu as principais páginas de sua carreira, justamente, no Pacaembu. No vice-campeonato brasileiro de 95, brilhou especialmente na semifinal contra o Fluminense no dia da marcante vitória santista por 5 a 2 que levou a equipe até a decisão. Na disputa do título, o camisa 10 voltou a ter grande desempenho, mas o título parou nas mãos do Botafogo, graças aos gols de Túlio e à atuação infeliz do árbitro Márcio Resende de Freitas.

A grande fase do jogador se manteve no ano seguinte, em que foi artilheiro do Campeonato Paulista e partiu para a Europa, onde construiu boas passagens por Barcelona e Olympiacos e ganhou reputação internacional. De volta ao País em 2005, para jogar de novo no Santos, pretendia terminar sua carreira fechando, na Vila Belmiro, o ciclo que iniciara dez anos antes.

O plano, porém, foi frustrado. Na volta ao Santos, uma das primeiras medidas de Vanderlei Luxemburgo foi dispensar o ídolo Giovanni, que só voltou a vestir a camisa de um clube brasileiro neste Campeonato Paulista, aceitando um convite de Rivaldo, presidente do Mogi Mirim, para encerrar a carreira de forma mais digna.

Neste domingo, um dos jogadores de toque de bola mais clássico e refinado que o Brasil já viu nos últimos 30 anos, reencontrará o Santos e o Pacaembu. Defendendo o Mogi Mirim, porém, ele pensa mesmo é na vitória. E em não terminar a brilhante carreira em um clube rebaixado.

Terra - Como você projeta esse reencontro com a torcida do Santos?
Giovanni - Vai ser uma coisa especial mesmo, mas estou pensando mais no jogo em si. O Mogi Mirim não se encontra em uma boa posição, não estamos confortáveis, e precisamos vencer. Então meu pensamento é no jogo em si.

Terra - O Pacaembu, pelas decisões do Brasileiro de 95, te traz memórias até mais marcantes que a Vila Belmiro?
Giovanni: Claro que tenho boas memórias de lá, mas a Vila Belmiro é mais especial. Sempre foi a casa do Santos.

Terra - Aquela semifinal desse campeonato, contra o Fluminense, foi o maior jogo de sua carreira?
Giovanni - Foi o principal jogo que já fiz. É inesquecível. Marcou-me muito e ali selou o carinho que a torcida tem por mim. Até hoje as pessoas sempre se lembram desse jogo.

Terra - Seu retorno ao Santos em 2005 foi frustrante?
Giovanni : Foi, pois minha intenção era jogar três anos com o Santos e encerrar minha carreira. Fica um pouco de tristeza, porque o plano não foi adiante. Mas no futebol você tem que estar preparado para esse tipo de coisa.

Terra - A volta ao Pacaembu, em 2005, naquele 7 a 1 contra o Corinthians: alguém entregou os pontos no jogo?
Giovanni - Não existe isso de entregar o jogo como dizem. Os jogadores estavam descontentes, tinha o problema com o treinador (Nelsinho Baptista), mas o profissional sempre que entra em campo é para ganhar. E naquela tarde o Corinthians foi muito feliz e a gente jogou a pior partida do campeonato.

Terra - Você sente que merece uma despedida mais justa? Pensa nisso?
Giovanni - Não penso nisso, não é algo que busco. Eu queria ter encerrado a carreira no Santos, mas Deus não quis assim. Então vou deixar o futebol em um clube que me recebeu bem, que é o Mogi Mirim.

Terra - Mesmo não sendo carismático ou extrovertido, e não tendo jogado vários anos no Santos, você é um ídolo muito grande da torcida. A que acha que isso se deve?
Giovanni - Isso me chama mesmo a atenção, pois o pessoal tem um carinho enorme por mim. Acho que é pelo que fiz em campo mesmo.

Fonte: Especial para Terra
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