PUBLICIDADE
Logo do Palmeiras

Palmeiras

Favoritar Time

Palmeiras e Corinthians buscam façanha de 1972

21 mar 2009 - 16h27
(atualizado às 16h59)
Compartilhar

Corinthians e Palmeiras ainda não perderam no Paulista deste ano e estão nas duas primeiras posições da tabela de classificação. Um cenário que, caso se mantenha pelas próximas rodadas, pode fazer com que se repita um feito fantástico e atingido apenas no Estadual de 1972.

» Ronaldo treina; Chicão e Elias podem jogar clássico

» Na mira do Palmeiras, Botafogo adianta

renovação com atacante Victor Simões

Ademir da Guia e Dudu comandavam o time do Palmeiras durante campanha de 1972
Ademir da Guia e Dudu comandavam o time do Palmeiras durante campanha de 1972
Foto: Gazeta Press

» Opine: Palmeiras e Corinthians ficarão invictos?

Na ocasião, o campeão Palmeiras e o vice-campeão São Paulo terminaram a competição invictos e protagonizando uma das edições mais trepidantes de todos os tempos no Campeonato Paulista, com direito a jogo decisivo na última rodada. O título ficou com os palmeirenses.

"Aquele foi um campeonato parelho demais e a decisão foi uma coisa muito bonita. Terminar invicto, apesar de não ter ganhado o título, foi legal. Foi uma grande campanha são-paulina", recorda o uruguaio Pablo Forlán, lateral-direito do São Paulo daquela época, em entrevista exclusiva ao Terra .

Com 12 clubes na briga, o Campeonato Paulista de 72 foi disputado no formato de pontos corridos, mas com jogos de ida e volta entre todos os participantes. São-paulinos e palmeirenses, que haviam empatado sem gols no confronto do primeiro turno, chegaram até a última rodada para definir o título dentro do Pacaembu, escolha do Palmeiras contra a vontade do São Paulo, que queria a final no Morumbi. A vantagem do empate no jogo era do clube verde.

Em campo na decisão, se não bastasse o título e a invencibilidade em disputa, havia outro ingrediente especial entre as equipes que já tinham decidido o título de 71. O São Paulo ainda brigava pelo primeiro tricampeonato de sua história e o Palmeiras queria impedir a façanha são-paulina mais uma vez, como já havia sido em 1947 e 1950.

O empate sem gols no segundo confronto entre Palmeiras e São Paulo no Paulista de 72, a despeito do 0 a 0, teve fortes emoções dentro de campo. "Tivemos uma grande chance no último minuto, com o Terto, mas infelizmente não saiu o gol", lembra Forlán.

Grandes jogadores também não faltavam: de um lado, os palmeirenses eram representados por Emerson Leão, Luís Pereira, Dudu, Ademir da Guia, Edu Bala, Leivinha e César Maluco. Do outro, Pablo Forlán, Gilberto Sorriso, Pedro Rocha, Toninho Guerreiro, Paulo e Terto.

No banco do Palmeiras, outra estrela contemporânea: Osvaldo Brandão, campeão com o São Paulo da edição de 71, e que acabou levando o bicampeonato com o Palmeiras. O único, aliás, a vencer o estadual com todos os integrantes do chamado trio de ferro, formado ainda pelo Corinthians

Brandão então deu o primeiro grande título para a equipe que ficou conhecida como a "segunda academia" do Palmeiras e que ainda conquistou o Campeonato Brasileiro em 1972 e 73. Mas a decisão paulista, especialmente naquela época, entrou para a história.

Cenário parecido em 2009

Donos das melhores campanhas no Paulista deste ano, Corinthians e Palmeiras ainda não perderam e têm se mantido nas duas primeiras posições desde a sexta rodada. Caso esse panorama se mantenha pelo resto da fase inicial, os arqui-rivais só se encontrariam em uma eventual decisão.

Em razão de um declarado desdém são-paulino ao Campeonato Paulista e o trabalho ainda incipiente de Vágner Mancini no Santos, Corinthians e Palmeiras têm feito por merecer um leve favoritismo no Estadual. Já o São Paulo tem se concentrado mais na Copa Libertadores.

Caso mantenham a invencibilidade e cumpram esse papel, repetirão um dos feitos mais marcantes da história do futebol paulista, 37 anos depois.

A ficha da decisão

Palmeiras 0 x 0 São Paulo

Data: 03/09/1972

Local: Pacaembu

Árbitro: Oscar Scolfaro

Palmeiras

Leão; Eurico, Luís Pereira, Alfredo Mostarda e Zeca; Dudu (Madurga) e Ademir da Guia; Edu Bala (Fedato), Leivinha, César Maluco, Nei.

Técnico: Osvaldo Brandão

São Paulo

Sérgio; Forlán, Samuel, Arlindo e Gilberto; Édson e Pedro Rocha; Paulo, Terto, Toninho Guerreiro (Zé Carlos) e Paraná (Wilton).

Técnico: Alfredo Ramos

Fonte: Especial para Terra
Compartilhar
Publicidade