Presidente vê Guarani falido: "se fosse empresa estaria em concordata"
Não é de hoje que a situação financeira do Guarani está bastante delicada, mas a declaração do presidente Álvaro Negrão deixou os torcedores ainda mais preocupados com o futuro do clube. De acordo com o mandatário, se a equipe fosse uma empresa já teria fechado as portas.
Recentemente, Álvaro Negrão havia revelado que está tirando dinheiro do próprio bolso, além de contar com ajuda de investidores, para manter, pelo menos, os salários dos jogadores em dia. O presidente vê a venda de parte do patrimônio como a única saída para que o Guarani possa "respirar".
"O Guarani está financeiramente falido. Se fosse uma empresa, já estaria em concordata. Só não está quebrado porque o patrimônio tem valor maior que a dívida", afirmou o presidente bugrino em entrevista à Rádio Central de Campinas.
Atualmente, as dívidas trabalhistas do Guarani giram em torno de R$ 140 milhões e o clube vê a situação ficar cada vez mais complicada, já que não tem recursos para se recuperar. O atual elenco, que disputa o Campeonato Paulista da Série A-1, foi montado quase todo por ajuda de empresários.
A declaração de Álvaro Negrão deixou os jogadores bugrinos preocupados com a situação do clube e a diretoria realizou uma reunião na última quarta-feira para esclarecer alguns pontos. O gerente de futebol Isaías Tinoco não entrou em maiores detalhes sobre o que foi discutido.
"O Guarani tem um projeto viável e queremos que os jogadores tomem ciência para darem sequência ao trabalho que estão realizando com dignidade", comentou o dirigente, sem revelar qual seria esse projeto.
Outra situação bastante delicada no Guarani é quanto ao pagamento aos funcionários, que ainda não receberam o 13º salário. A diretoria vem trabalhando nos bastidores com o objetivo de conseguir recursos, mas não deu um prazo para solucionar o problema.