Santos reclama que Rogério Ceni manda no jogo e ataca juiz
A arbitragem de Marcelo Aparecido Ribeiro de Souza, auxiliado por Emerson Augusto de Carvalho e Marcelo Carvalho Van Gasse, gerou reclamações tanto de são-paulinos como de santistas neste domingo no Estádio do Morumbi. Mas um lance final na partida, no qual o árbitro voltou atrás em pênalti marcado em Rildo com a anotação de um impedimento, aumentou o tom da irritação dos visitantes, com menção especial a Rogério Ceni.
O goleiro reclamou de forma veemente com o árbitro para a reversão do lance. Depois de alguns minutos de bate-boca e pressão no juiz de ambas as partes, o impedimento foi marcado e o São Paulo escapou de levar um possível gol, garantindo o 0 a 0 no placar.
"O Rogério manda no jogo... Foi pênalti, mas como o Rogério manda, o juiz não deu", afirmou o atacante Gabriel, que entrou no segundo tempo da partida.
Em tom mais ameno, Oswaldo de Oliveira disse que cabia ao árbitro reprimir a forte cobrança de Rogério Ceni. Ele disse que não viu o lance por ter sido expulso minutos antes em uma reclamação anterior - um outro possível pênalti em Rildo -, mas que existiu pressão são-paulina em todo o jogo.
"Eu prezo muito o jogador fantástico que ele é. Mas ele faz o que faz para o São Paulo. Faz gol de pênalti, falta e o que ele faz com o árbitro é para o bem do São Paulo. O árbitro que tem que coibir e fazer a parte dele. Que fizesse com o Rogério o que fez comigo quando reclamei", desabafou.
Rogério se defendeu rapidamente na saída de campo. "Estava muito impedido, mas se eu não fico junto, ele (juiz) pode não dar. É como advogado que acompanha o réu", afirmou o goleiro, que na visão de Oswaldo também teve influência em cartão amarelo exibido para Geuvânio por falta em Álvaro Pereira.
"O Geuvânio se atirou em cima da bola. O Rogério saiu do gol para reclamar e ele deu cartão. Osvaldo tinha feito pior e ele não deu nada", afirmou Oswaldo.
Muricy fala pouco e Oswaldo desabafa
Por parte do São Paulo, a reclamação está na marcação de dois impedimentos - um em que Luís Fabiano sairia na cara do gol - e em uma bola dominada por Osvaldo que não saiu. Muricy Ramalho disse que não comenta sobre arbitragens. "Eu nunca falo. Essas pessoas são corretas. Eu erro, eles erram. Seria injusto aqui falar, sem ver teipe (VT). Nessa correria fica muito difícil, engana a arbitragem", disse.
Postura diferente da de Oswaldo de Oliveira, que relembrou o jogo contra o Linense em que o mesmo árbitro o teria ameaçado. Segundo o treinador, o fato de o São Paulo jogar em casa contribuiu para as marcações so treinador ao longo do jogo.
"É humano, mas pressionado em um jogo no Morumbi é mais provável que aconteça. E o fato de ele voltar atrás em um lance só vem a reforçar. Esse árbitro foi o mesmo que me ameaçou lá em Lins. Ele se sentiu tão culpado que depois veio me pediu desculpas e eu disse que não aceitava. Porque ali na frente do público ele mostrou veemência, e deixou para ser educado depois.