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Sucesso com Robinho fez Santos investir fortuna em Neymar

20 mar 2009 - 12h46
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Se você quiser saber quanto custa um grande craque, pode perguntar ao Santos. Desde que vendeu Robinho por U$S 30 milhões ao Real Madrid em 2005, as atenções para encontrar um sucessor foram canalizadas em Neymar, cujas primeiras aparições entre os profissionais têm causado impacto e justificado as expectativas e investimentos altíssimos que vêm de alguns anos. É o garoto a maior esperança santista pra uma vitória sobre o Corinthians no clássico deste domingo, às 16h, no Pacaembu.

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"Não tenho dúvida que, se não fosse o sucesso que o Robinho teve e o que ele gerou de dinheiro, o Santos não teria investido tanto no Neymar", afirma Wagner Ribeiro, ex-agente do atual jogador do Manchester City e que trabalha com o novo ídolo santista há cinco anos.

Há cerca de um mês, Neymar assinou novo contrato com o Santos e passou a ter status de craque na folha salarial do clube. O grupo Sonda, parceiro santista, pagou cerca de R$ 7,5 milhões à família do jogador por 40% dos direitos econômicos, e a ajudou a estender o vínculo que ia até 2011 para 2014. Depois da assinatura, os vencimentos do jovem prodígio chegam a R$ 80 mil mensais, praticamente o dobro no acordo anterior.

"O investimento que o Sonda fez com ele é muito alto, é de um jogador extraclasse", admite Thiago Ferro, diretor do grupo de investidores. Wagner Ribeiro assegura que os valores oferecidos à família de Neymar foram idênticos ao do Chelsea, que pretendia usar o prodígio como resposta à ida de Robinho ao Manchester City. E que o Bayern de Munique também fez uma sondagem há pouco tempo.

Menino com preço de craque

Clubes do exterior e Wagner Ribeiro, aliás, são personagens centrais na história de Neymar na Vila Belmiro. Desde que o empresário pôs na mesa do Santos uma oferta do Real Madrid, há quase três anos, para levar o jogador e toda a sua família para a Espanha, o clube precisou se mexer e pôr a mão no bolso para formar um craque.

Naquele momento, a avaliação da direção santista era de que tinha em mãos o jogador capaz de suceder Robinho em todos os aspectos. Com um estilo de jogo incrivelmente parecido e tão abusado quando o do herói do título brasileiro de 2002, o garoto ainda tinha o mesmo agente, a mesma fragilidade física e o mesmo jeito abusado de driblar pedalando.

Menos de um ano depois de vender Robinho por US$ 30 milhões ao Real Madrid, o presidente Marcelo Teixeira encontrou um sucessor e seus olhos brilharam. Por tudo o que foi oferecido, a família de Neymar topou por sua permanência e recusou a Europa.

"Meu filho não estava feliz com essa possibilidade de ir para a Europa. Tão jovem, ele não poderia carregar a obrigação de sustentar uma família. Para nós, o que importava era a felicidade dele e acreditamos que ele poderia vencer aqui no Brasil e chegar ao Santos, que é o time em que ele sempre quis jogar", afirma o pai de Neymar.

Com 15 anos, o prodígio passou a receber salário de jogador profissional (R$ 25 mil mensais) e, a cada renovação de contrato, ganhou parte de seus direitos econômicos como luvas. O Santos perdia pedaços de seu jogador mais promissor, mas mantinha o sonho de encontrar um novo Robinho. Nesse meio tempo, esperanças frustradas como Rossini, Wesley, Renatinho, Alemão e Tiago Luís naufragaram entre os profissionais e reforçaram o nome mais forte para uma sucessão.

Titular da seleção em 2010

A negociação entre a família de Neymar e o Grupo Sonda, que comprou 40% de seus direitos, pode ser considerada decisiva para a permanência do jogador por alguns anos na Vila Belmiro. Tanto que a direção santista só determinou sua estréia a partir da assinatura do novo contrato, temendo uma reviravolta. "Esse acordo foi decisivo para acabar com tantas especulações envolvendo o nome dele", diz o pai de Neymar.

Nesta última quinta-feira, contra o Rio Branco, Neymar fez apenas sua quarta partida entre os profissionais do Santos e, em dois jogos como titular, encontrou as redes em duas oportunidades. Com um início tão impactante, o jogador surpreendeu até quem está ao seu redor. "Ele tem atuado muito acima do que esperávamos para esse começo", afirma Thiago Ferro, do Sonda.

Apesar do investimento tão alto realizado em Neymar, o grupo de investidores afirma não esperar retorno imediato da quantia que foi gasta, discurso afinado com o de Wagner Ribeiro. "Temos um plano de carreira que é de vê-lo como titular do Santos e da Seleção Brasileira, para depois ir para a Europa", diz o agente. "Projetamos recuperar o dinheiro em dois ou três anos, mas tudo o que já tem acontecido torna essa estimativa muito mais difícil", concorda Thiago Ferro.

Lembrado sempre pelas negociações que levaram Robinho e Kaká para a Europa, Wagner Ribeiro, porém, tem projeções entusiasmadas sobre o jogador. "Pode anotar: o Neymar será titular do Brasil na Copa do Mundo de 2010".

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Foto: Gazeta Press
Fonte: Terra
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