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Eduardo Baptista segue passos do pai e assume brilho próprio

24 abr 2014 - 08h03
(atualizado às 08h18)
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<p>Eduardo Baptista herdou posto de Geninho quando o Sport estava praticamente eliminado da Copa do Nordeste</p>
Eduardo Baptista herdou posto de Geninho quando o Sport estava praticamente eliminado da Copa do Nordeste
Foto: Eduardo Amorim / Brisa Comunicação e Arte - Especial para o Terra

Quando assumiu o comando do Sport interinamente no início do ano, Eduardo Baptista garantiu que não tinha interesse de ser efetivado como técnico do time e que, perfeccionista, acreditava precisar de mais cinco anos de formação antes de migrar da profissão de preparador físico. Na madrugada desta segunda-feira, enquanto sua equipe comemorava o título do Campeonato Pernambucano - a segunda taça em 15 dias -, ele parecia não acreditar em tudo que vivera nos últimos meses.

A reportagem do Terra encontrou o treinador do outro lado da Arena Pernambuco, enquanto os jogadores passavam pela torcida do Sport durante a primeira volta olímpica da sede pernambucana da Copa do Mundo. O filho de Nelsinho Baptista fez questão de dizer que, se fosse escolher o jogador para fazer o gol do título, sem dúvida seria o capitão Durval. Isto porque, antes de ir ao Santos, o zagueiro foi comandado pelo seu pai no time rubro-negro.

Sem tempo para comemorar os títulos e a surpreendente ascensão na carreira, Eduardo Baptista ainda parecia tentar entender tudo o que estava se passando na sua vida. “Além de meu pai, ele é meu ídolo. Um cara espetacular. Trabalhei com ele por 10 anos. E sempre tentei aprender o máximo com a maneira como ele trata seus grupos. E aqui, no comando do Sport, fica mais fácil você seguir os caminhos porque ele já tinha história”, afirmou. Hoje, ele já tem brilho próprio, mostra não precisar mais da sombra de Nelsinho e pode ser considerado a maior revelação como técnico do futebol brasileiro neste ano. 

Veja a entrevista concedida com exclusividade pelo preparador físico com 15 anos de experiência e dois títulos como técnico em menos de três meses na função. Se 2014 começou com públicos abaixo do esperado e times nivelados por baixo nos estaduais, é preciso olhar para o banco de reservas para conhecer um dos mais surpreendentes profissionais revelados neste ano no nosso País.

Terra: Segundo título nesta curta carreira, vai dar para comemorar agora?

Eduardo Baptista: Vamos ver se a gente arruma uma folguinha amanhã, mas já temos um jogo dificílimo no próximo domingo contra a Chapecoense. Então é comemorar hoje... Estou muito feliz, você ver a torcida do Sport voltando a gritar é campeão, essa torcida que foi acostumada a comemorar títulos. Então já volta em 2014 brilhando, e o título é para eles. É também dos atletas e de um clube sério como o Sport,  que honra seus funcionários, pagando em dia. Um time desses tem que estar no ponto alto do pódio e ser campeão.

Capitão Durval repetiu duas vezes gesto que havia feito sob comando de Nelsinho
Capitão Durval repetiu duas vezes gesto que havia feito sob comando de Nelsinho
Foto: Eduardo Amorim / Brisa Comunicação e Arte - Especial para o Terra

Terra: O gol do título ser feito pelo Durval premia também um jogador que é seu capitão?

Eduardo: Espetacular. Se eu tivesse que escolher um jogador para fazer o gol do título, apontaria o Durval. Pela consistência que ele deu (ao setor defensivo), pelo respeito, pelo líder que ele é. Eu acho que o gol do título não poderia ter saído por um atleta diferente, era ele que tinha de fazer.

Terra: Ele de certa forma é o elo nesse time de hoje com o time do Nelsinho Baptista, o seu pai...

Eduardo: Sim. Ele, Magrão... Nós conseguimos incorporar o espírito. Eu, ele, os atletas. O Sport é isso. É pegada, tem dia que você não vai jogar bem, mas você vai correr, se enroscar. Tem dia que vai jogar bem e faz mais gols. Mas a luta não pode deixar de acontecer. Então conseguimos trazer o Sport de volta e espero agora ganhar força para o Brasileiro.

Terra: O que significam essas duas voltas olímpicas nos estádios que vão receber os jogos da Copa em Pernambuco e no Ceará?

Eduardo: São estádios novos, daqui a dez anos vai se falar que o Sport foi o primeiro campeão na Arena Castelão e na Arena Pernambuco. Então são dados importantes, mas o que fica é a imagem dessa torcida e eles voltando a gritar é campeão. A gente já estava devendo pra ela um pouquinho e eles voltando a comemorar de novo é fundamental.

Terra: Você não era badalado e de repente conquista dois títulos importantes...

Eduardo: Eu vou continuar não sendo badalado. Eu sou a simplicidade, a seriedade, comigo o buraco é mais embaixo e não tem brincadeira. E esse título veio com a participação dos atletas e a comunhão entre a comissão técnica, os jogadores e a diretoria. Então é isso e só veio porque teve essa comunhão. Eu estou muito feliz realmente. O 40º título era muito importante para mim, porque o Sport precisava ser campeão Pernambucano novamente e os parabéns vão para todos os atletas, a diretoria e a comissão técnica.

Fonte: Brisa Comunicação e Arte - Especial para o Terra Brisa Comunicação e Arte - Especial para o Terra
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