Irmão mais velho, Clebson levou Philco para o Atlético-PR, primeiro clube onde o jogador atuou profissionalmente. Dez anos depois, o mais novo estreou no ontem marcando o gol da vitória do Santa Cruz sobre o CRB, pela Copa do Nordeste, em partida que teve mais de 24 mil pagantes. Já o seu conselheiro foi participar de um amistoso no dia seguinte contra os reservas do time tricolor e foi goleado, ao lado de outros atletas pernambucanos temporariamente sem time.
Até pouco tempo Philco também estava procurando um clube. Chegou a jogar numa partida ao lado de Clebson pela equipe improvisada, mas brinca que naquela oportunidade os dois tiveram um pouco mais de sorte e ele conseguiu dar o passe para o gol de honra marcado pelo seu irmão. Em dezembro, conseguiu uma oportunidade de fazer um teste no Arruda, foi aprovado pelo treinador Marcelo Martelotte, saiu como titular na estreia da Copa do Nordeste e aos dois minutos do seu primeiro jogo marcou seu primeiro gol com a camisa tricolor.
Além da ida para o Atlético-PR, Philco conta outras histórias em que os dois estiveram unidos. “Quando eu tive a lesão no menisco, aquele tempo difícil no Figueirense e depois em algumas equipes menores, ele sempre tinha uma palavra de confiança para me deixar tranquilo”, conta o atleta, que depois de passar pelo futebol português, passou por problemas e acabou voltando para Pernambuco onde atuou por América, Belo Jardim e Cabense.
Sobre as perspectivas de o irmão voltar a atuar profissionalmente, Philco fala com confiança. “É difícil ficar sem clube, mas eu sei que é questão de tempo porque ele tem qualidade”, diz ele, que viaja amanhã para Campina Grande, onde o Santa Cruz enfrenta o Campinense na quarta-feira. No interior paraibano, ele fará sua segunda partida com a camisa tricolor e tentará continuar a deixar uma boa impressão para a “impressionante” torcida tricolor.
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Basílio (Corinthians): O autor do gol do título que encerrou o incrível jejum de 22 anos do Corinthians sem títulos. O meio-campista Basílio (agachado, segundo da esquerda para a direita), contratado junto à Portuguesa, marcou na final do Campeonato Paulista de 1977 contra a Ponte Preta um dos gols mais comemorados da história corintiana. Ganhou o apelido de "Pé de Anjo" e foi eternizado no clube
Foto: Gazeta Press
Moraes (Santos): O jovem atacante se consagrou ao marcar o gol do título paulista do Santos sobre o São Caetano em 2007. Depois disso, porém, a carreira não decolou, e ele passou por Ponte Preta e Santo André antes de sair do País. Hoje, aos 25 anos, defende o Metalurg Donetsk, da Ucrânia
Foto: Marcelo Ferrelli / Gazeta Press
Petkovic (Flamengo): O ídolo rubro-negro protagonizou um dos momentos mais marcantes da história do Campeonato Carioca na final de 2001. Eram 43min do segundo tempo quando o sérvio acertou magistral cobrança de falta no ângulo do goleiro vascaíno Helton, sacramentando o empate por 2 a 2 que daria ao Flamengo o tricampeonato estadual - e deixaria o Vasco com o "tri vice". O número 43 foi tão emblemático que virou a camisa de Pet em sua segunda passagem pelo Flamengo
Foto: Fabio Borges - VIPCOM / Divulgação
Renato Gaúcho (Fluminense): O polêmico atacante decidiu o Campeonato Carioca de 1995 para o Fluminense com uma das jogadas mais pitorescas de todos os tempos: o gol de barriga. Faltavam quatro minutos para o fim do jogo quando Aílton bateu mal para o gol, a bola desviou na barriga de Renato e entrou no gol do Flamengo. Vitória por 3 a 2 e o título de "Rei do Rio" para o autor do gol
Foto: AFP
Maurício (Botafogo): Vestindo a lendária camisa 7 alvinegra, o atacante foi o responsável por quebrar o jejum de 21 anos sem títulos do Botafogo no Campeonato Carioca de 1989. Maurício (na foto, com o ex-meia botafoguense Maicosuel) marcou o gol histórico após tirar o flamenguista Leonardo da jogada com uma discreta "empurradinha" e mandar para as redes
Foto: Agência Lance
Renan (Internacional): A segunda passagem do goleiro pelo Inter não foi aclamada como a primeira, mas teve um momento muito especial. Renan defendeu três pênaltis na decisão do Campeonato Gaúcho de 2011, contra o rival Grêmio, e foi o grande responsável pela conquista colorada. O irônico é que no mesmo jogo ele havia falhado clamorosamente em um gol gremista, ao tentar interceptar um cruzamento e deixar a bola nos pés do centroavante Borges
Foto: AP
Cléber (Coritiba): Centroavante de chute potente na perna esquerda, ele foi o grande nome do time que rompeu o jejum de nove anos do clube sem títulos oficiais, no Campeonato Paranaense de 1999. Na final contra o Paraná, que havia vencido seis dos oito Estaduais anteriores, ele fez o gol da vitória por 1 a 0 no jogo de ida e iniciou a reação no jogo de volta: o Coritiba perdia por 2 a 0 e Cléber diminuiu, de falta. O time alviverde ainda empataria com Darci e levantaria a taça
Foto: Coritiba / Divulgação
Cocada (Vasco): Irmão do atacante Müller, Cocada virou ídolo do Vasco em apenas quatro minutos. Foi o intervalo entre a sua entrada na final do Campeonato Carioca de 1988 contra o Flamengo (41min do segundo tempo) e sua expulsão (45min). O detalhe é que, entre os dois momentos, ele fez o gol do título, arrancando do meio-campo e acertando um belo chute. Como havia sido dispensado pelo Flamengo, saiu balançando a camisa enlouquecido, xingou o técnico rubro-negro Carlinhos, iniciando uma grande confusão, e levou o cartão vermelho. Mas já estava eternizado na história cruzmaltina
Foto: Divulgação
Fábio Júnior (Cruzeiro): A então promessa cruzeirense decidiu praticamente sozinha o Campeonato Mineiro de 1998, marcando os três gols da vitória por 3 a 2 sobre o rival Atlético-MG no jogo de ida da decisão. A partida de volta terminou sem gols, consagrando Fábio Júnior (agachado, penúltimo da esquerda para a direita) como o grande herói do tricampeonato mineiro do Cruzeiro
Foto: Gazeta Press
Índio (Vitória): O Campeonato Baiano de 2007 foi decidido em um quadrangular final, e logo na primeira rodada um triunfo incrível do Vitória sobre o Bahia encaminhou o título para o time rubro-negro. A vitória por 6 a 5 teve a marca de Índio (agachado, penúltimo da esquerda para a direita). O centroavante, famoso por marcar gols no Bahia, balançou as redes quatro vezes no clássico, definindo o resultado já nos acréscimos do segundo tempo diante de mais de 60 mil pessoas no Estádio da Fonte Nova
Foto: Fábio Oscar de Jesus / Gazeta Press
Lincoln (Atlético-MG): O Campeonato Mineiro de 1999, ano em que o Atlético foi vice-campeão brasileiro, teve muitos heróis para o time alvinegro: o volante Gallo jogou a decisão com a cabeça enfaixada, e o atacante Marques fez um grande Estadual. Mas o grande destaque foi o meia Lincoln, que marcou o gol decisivo no terceiro jogo diante do América-MG e garantiu que o título mineiro voltasse para o Atlético após quatro anos
Foto: Getty Images
Raudinei (Bahia): Em um dos Ba-Vis mais famosos da história, coube ao atacante Raudinei ser o grande herói do título estadual do Bahia em 1994. O time tricolor precisava só do empate, mas perdia por 1 a 0 até os 46min do segundo tempo. Foi quando uma inusitada tabela de cabeça acabou sobrando para Raudinei, que balançou as redes e garantiu o bicampeonato estadual ao Bahia
Foto: EC Bahia / Divulgação
Ronaldo (Palmeiras): O atacante palmeirense Ronaldo marcou seu gol mais inesquecível na final do Campeonato Paulista de 1974, diante do arquirrival Corinthians. O time alvinegro vivia jejum de 20 anos sem títulos, e o Morumbi estava lotado de corintianos esperando a redenção. Mas o gol de Ronaldo (agachado, primeiro da esquerda para a direita) calou o estádio e manteve o adversário na fila, que só acabaria em 1977 - de quebra, ainda ajudou o Corinthians a vender o ídolo Rivellino, que foi para o Fluminense
Foto: Gazeta Press
Wilson (Atlético-PR): O título do Atlético no Campeonato Paranaense de 1998 teve o brilho de jogadores como Tuta e Nélio, mas foi o zagueirão Wilson (em pé, segundo da esquerda para a direita) quem marcou o gol decisivo, que tirou o time de um jejum de oito anos sem o título estadual. Aos 7min do segundo tempo, o defensor marcou de cabeça, fez 2 a 0 contra o Coritiba e tranquilizou a torcida - ainda que o jogo tenha terminado em 2 a 1
Foto: Gazeta Press
André Catimba (Grêmio): Ele foi o herói do título gremista no Campeonato Gaúcho de 1977, que marcou o fim de uma hegemonia de oito conquistas seguidas do Internacional. Na partida decisiva, o ídolo tricolor Tarciso perdeu um pênalti, mas coube a André Catimba o gol solitário da vitória por 1 a 0, até hoje muito celebrada pelos gremistas
Foto: Edu Andrade / Gazeta Press
Raí (São Paulo): Em uma reviravolta incrível no Campeonato Paulista de 1998, o São Paulo inscreveu seu ídolo Raí, recém-repatriado do PSG, apenas para a final contra o Corinthians. E o jogador não decepcionou aos 33 anos: marcou o primeiro gol da final e fez a jogada do segundo, marcado por França. No fim, a vitória tricolor por 3 a 1 definiu a conquista são-paulina