Justiça proíbe presença de torcidas organizadas nos estádios pernambucanos
O crime cometido por um profissional contratado por uma empresa de ônibus para proteger os veículos, que atirou na cabeça de um jovem torcedor do Náutico, no último sábado, já gera consequências para as torcidas organizadas pernambucanas. Inferno Coral, Torcida Jovem do Sport e Fanáutico não terão suas sedes fechadas, mas estão proibidas de se reunirem no entorno e dentro dos estádios em dias de jogos por determinação do juiz José Raimundo dos Santos Costa.
Responsável pelo Juizado Especial Civel e Criminal do Torcedor, o juiz responde a uma demanda da Federação Pernambucana de Futebol (FPF) após reunião que teve como tema as ações a serem realizadas para responder ao crime que vitimou Lucas de Freitas Lyra.
Na sua decisão, ele lembra que o crime do último sábado foi precedido por confronto entre as torcidas do Sport e do Náutico.
As três torcidas serão obrigadas a realizarem um cadastro de seus integrantes, como prevê o Estatuto do Torcedor. O juiz deferiu apenas parcialmente a solicitação da FPF, que queria também realizar busca e apreensão nas sedes e suspender as atividades das entidades mesmo em dias que não estejam sendo realizados jogos de futebol no Estado.