Paranaense começa com Coritiba favorito e holofote em estrangeiros
21 jan2012 - 07h53
(atualizado às 08h33)
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Elaine Felchaka
Direto de Curitiba
O Campeonato Paranaense começa neste domingo com rodada completa, mantendo o regulamento do ano passado, com dois turnos em pontos corridos e final se houver campeões diferentes em cada fase. Atual campeão, o Coritiba começa a competição como favorito e o Atlético-PR, recém-rebaixado à Série B do Brasileiro, tentará fazer frente aos rivais.
Além dos dois tradicionais clubes, estão na briga pelo Arapongas, Cianorte, Corinthians-PR, Iraty, Londrina, Operário, Paranavaí, Rio Branco, Roma e Toledo. O Paraná disputará a segunda divisão e dois técnicos estrangeiros, Dario Pereyra (Arapongas) e Carrasco (Atlético-PR), serão atrações.
No Coritiba, alguns jogadores já assumiram o favoritismo, enquanto que o Atlético-PR é um grande mistério, nem o time titular é possível saber. Fechado no CT do Caju, o time se preparou longe.
Enquanto o Coritiba manteve o treinador, contratou reforços, embora tenha perdido parte do elenco titular que foi destaque em 2011, o Atlético-PR aparece de treinador novo. O uruguaio Juan Ramon Carrasco terá de se virar como pode. Tem a sua disposição uma mescla de jogadores que atuaram na campanha do rebaixamento no Campeonato Brasileiro e jovens promovidos da base. Nenhum reforço foi contratado ainda.
O Coritiba defenderá o tricampeonato e quer repetir o feito de 2011. Foi campeão invicto e somando a temporada anterior está há 17 jogos sem perder. O Atlético-PR precisa impedir que o rival mais uma vez fique com o título. Além disso, precisa encontrar um estádio para mandar os jogos.
Neste domingo, atuará no Germano Krüger, em Ponta Grossa, solução encontrada no prazo limite para divulgação da primeira rodada depois de ter recebido respostas negativas de Coritiba e Paraná. Assim, jogará a mais de 100 km de Curitiba.
Mas uma das maiores marcas do Estadual este ano é a ausência do Paraná Clube, que depois de 21 anos está fora da competição. Rebaixado em 2011, o clube tricolor vai disputar a Série Prata do Paranaense. Em situação oposta, o Londrina está de volta depois de dois anos amargando a "segundona".
Clube tradicional, com três títulos, o Londrina é uma das apostas do interior, que não tem um clube campeão há quatro anos. O último a conseguir foi o Paranavaí, em 2007, derrotando o Paraná na final.
Entre as equipes do interior, o Operário também aparece com força. Clube de Ponta Grossa é um dos mais antigos do Paraná e em maio completa 100 anos e quer marcar o ano comemorativo.
Ainda entre os times de fora da capital - que tem também o Corinthians-PR - alguns destaques isolados, como o Arapongas que contratou o uruguaio Dario Pereyra como treinador. Desde 2004, ele não trabalhava na função.
Destaque da seleção uruguaia, Dario foi ídolo do São Paulo entre 1977 e 1988, mesmo clube onde começou como treinador. Porém, tem apenas uma conquista como comandante: campeão do Mineiro de 1999 no Atlético-MG. Um ano antes, o técnico teve passagem pelo Coritiba.
Os treinadores uruguaios Dario, do Arapongas, e Carrasco, do Atlético-PR não são os únicos estrangeiros no Paranaense. O Estadual deste ano terá ainda sete jogadores de outros países.
A maioria está no Atlético-PR: "Morro" García, conterrâneo dos dois treinadores, Guerrón, do Equador e Nieto, da Argentina. Quem também importou jogador do Uruguai foi o Corinthians-PR que contratou Javier Mendez, que já atuou no Paraná Clube.
Na lista dos estrangeiros há ainda três africanos: Geraldo, da Angola, que defenderá o Coritiba, além de Joel, que veio de Camarões há dois anos, passando primeiro pelo Iraty e o senegalês Lucho, contratado no final de 2011.
Aos 35 anos, o meio-campista Ricardinho anunciou a aposentadoria dos campos e vai assumir cargo de técnico do Paraná Clube, onde foi revelado ao futebol. Relembre a carreira do pentacampeão mundial com a Seleção Brasileira, que brilhou com a camisa de clubes como Corinthians, Santos e São Paulo, entre outros
Foto: AFP
Apesar de paulistano, Ricardo Luis Pozzi Rodrigues começou a carreira na equipe de futsal do antigo Colorado - um dos clubes que deu origem ao Paraná Clube, pelo qual estreou como profissional em 1995
Foto: Paraná Clube / Divulgação
Após brilhar com o tricampeonato Paranaense, Ricardinho deixou o Paraná Clube e tentou a sorte no Bordeaux, em 1997
Foto: Getty Images
Trazido novamente ao Brasil pelo técnico Vanderlei Luxemburgo, meia foi uma das principais peças do Corinthians, no qual ganhou um título paulista, foi bicampeão Brasileiro, do Torneio Rio-São Paulo e do Mundial da Fifa, formando célebre dupla no meio-campo com Marcelinho - futuro desafeto dentro do próprio clube de Parque São Jorge
Foto: Getty Images
No meio-campo do Corinthians, ao lado de Vampeta, Rincón e Marcelinho, Ricardinho foi peça importante na conquista do Mundial de Clubes de 2000, realizado no Brasil
Foto: Getty Images
Em um de seus momentos mais memoráveis pelo Corinthians, Ricardinho comemora o gol que classificou equipe às finais do Paulista de 2001, diante do Santos, aos 47min do segundo tempo; partida ficou conhecida como "Jogo do Ponto", já que o meia usava um ponto eletrônico no ouvido para escutar as ordens do técnico Luxemburgo - artifício seria proibido pela Fifa pouco depois
Foto: Getty Images
Boas performances pelo Corinthians e contando com a contusão do volante Émerson às vésperas da Copa do Mundo de 2002, Ricardinho foi chamado pelo técnico Felipão para integrar a Seleção Brasileira que seria pentacampeã mundial na Copa do Mundo sediada na Coreia do Sul e Japão
Foto: Getty Images
Depois do Mundial, Ricardinho fechou a transferência mais controversa de sua carreira, quando trocou o Corinthians pelo rival São Paulo; com status de grande estrela, porém, não repetiu o sucesso do ex-clube no time tricolor, no qual ficou até 2004
Foto: Gazeta Digital
Após breve passagem pelo Middlesbrough, o meio-campo voltou ao Brasil, novamente por meio de Vanderlei Luxemburgo, e foi peça importante no título Brasileiro do Santos, em 2004
Foto: Getty Images
Depois de duas temporadas pelo Santos, meia retornou ao Corinthians para a disputa da Libertadores de 2006; após eliminação para o River Plate, em pleno Estádio do Pacaembu, camisa 11 não ficaria muito mais tempo no Parque São Jorge, transferindo-se para o futebol turco
Foto: Getty Images
No Besiktas, Ricardinho ficou por duas temporadas (2006 a 2008) e era chamado pelos torcedores de de "Rico Pasa" (General Rico, em abreviação ao seu primeiro nome)
Foto: Getty Images
Convocado novamente para a Copa do Mundo, Ricardinho foi novamente suplente; dos pés dele, saiu o passe para o gol de Zé Roberto contra Gana, pelas oitavas de final do Mundial da Alemanha, em 2006
Foto: Getty Images
Depois da experiência na Turquia, Ricardinho esteve no Al Rayyan, do Catar, por breve período entre 2008 e 2009
Foto: AFP
Repatriado pelo Atlético-MG, Ricardinho ficou no clube mineiro entre 2009 e 2011, alternando momentos entre a titularidade e a reserva do clube alvinegro, onde foi campeão mineiro em 2010
Foto: Getty Images
Contratado para dar experiencia ao Bahia, recém-promovido da Série A do Brasileiro, em 2011, Ricardinho atuou em 21 jogos (13 como titular), mas não marcou gols, tendo seu contrato rescindido na última terça-feira