Juninho ainda tem futuro incerto no Lyon
Juninho Pernambucano, 34 anos, chega ao fim da temporada com um dilema: optar entre continuar no Lyon ou abandonar o heptacampeão francês, pelo qual pode disputar seu último jogo neste domingo contra o Caen diante da torcida lionesa no Estádio de Gerland.
O veterano jogador, um dos pilares dos sucessos da equipe nos últimos anos, não disputará o último encontro da Liga 1, contra o Toulouse em 30 de maio, por estar suspenso.
Mesmo sem ter tomado uma decisão definitiva sobre seu futuro, Juninho está estudando a possibilidade de sair um ano antes do término de seu contrato, encerrando uma bem sucedida carreira no Olympique Lyon, com o qual conquistou sete títulos de 2002 a 2008, em uma façanha inédita no futebol francês.
O jogador brasileiro está também diante do desafio de chegar ao 100º gol com a camisa do Lyon, pois no domingo passado em Marselha marcou o 99º, o 44º cobrando falta em seus 343 jogos disputados desde 2001.
Juninho, após marcar o gol, tirou a camisa e jogou-a para a torcida lionesa no Estádio marselhês Vélodrome, recebendo o terceiro cartão amarelo responsável por sua suspensão no último choque.
A partida em Gerland contra o Caen poderá ser a despedida sonhada para uma das estrelas mais carismáticas e queridas da torcida francesa.
Os torcedores do Lyon poderão, na dúvida, prestar uma homenagem ao brasileiro, mesmo que sua despedida aconteça na única temporada em que não ganhou nenhum troféu.
"É o maior jogador da história do clube", afirmou Bernard Lacombe, ex-jogador do Lyon (1969-1978) e assessor do presidente Jean Michel Aulas.
Desde sua chegada, Juninho salvou em várias oportunidades a equipe, já que participou de alguma maneira de 40% dos gols do time.
Nesta temporada participou de 37 dos 49 jogos do Lyon, anotando 11 gols e dando o passe decisivo para oito.
Mas atualmente seu papel na organização do jogo já não é tão essencial como nas temporadas anteriores. No domingo em Marselha só jogou 25 minutos, mas a equipe disputou sua melhor partida da temporada, como mostrou a vitória por 3 a 1 sobre o Olympique.
Com a chegada em julho de 2008 dos meias-atacantes Honorato Ederson e Miralem Pjanic, o Lyon estava antecipando a "aposentadoria" de Juninho, que nesta temporada, em várias ocasiões, fez referência ao "final próximo" de sua carreira.
O jogador ainda tem um ano de contrato, mas Aulas assegurou que respeitará a decisão do jogador, seja a de cumprir seu compromisso ou a de tentar uma nova experiência no exterior, como já ocorreu em 2003 com o também brasileiro Sonny Anderson.
"Duvido. Às vezes, quando volto para casa, falo para mim mesmo que está na hora de sair, em outras tenho vontade de ficar. Não é nada físico. O presidente me disse para fazer ou que eu quiser. Vamos voltar a conversar, também com a comissão técnica. Não sei se anunciarei antes do final da temporada", contou Juninho.
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