Com estrelas em baixa, Brasil tem espaço discreto em final
Ronaldinho liderando o Barcelona. Robinho titular do Real Madrid. Kaká e o Milan com tudo. O cenário de dois anos atrás, atualmente, é bastante diferente para os brasileiros na Europa. Sem personagens decisivos entre os finalistas da Copa dos Campeões, que é decidida nesta quarta-feira, em Roma, o futebol pentacampeão do mundo deixou de ser a sensação do Velho Continente. O que talvez explique a volta de tantos nomes importantes para o Brasil.
» Saiba tudo do duelo Messi x C. Ronaldo
» "Cristiano Ronaldo se faz presente
nas decisões", diz meia Anderson
» "Será duro ver das arquibancadas",
diz lateral-direito Daniel Alves
» Opine: quem vence a decisão?
No Manchester United, invicto há 25 jogos pela Copa dos Campeões, os astros são o português Cristiano Ronaldo, os ingleses Wayne Rooney e Rio Ferdinand, além do galês Ryan Giggs. Anderson, o único brasileiro com chances - muito boas, já que Fletcher está suspenso - de jogar a decisão, representa o País com os jovens Rafael, Rodrigo Possebon e Fábio.
No Barcelona, que tem Daniel Alves em boa fase e Sylvinho como um reserva experiente, os brasileiros deixaram de formar colônia, como foi tradicional desde que Romário fez sucesso por lá na temporada 93/94. Lionel Messi, argentino, Samuel Eto'o, camaronês, e os espanhóis Xavi e Iniesta, são os nomes de maior peso no elenco que venceu o Campeonato Espanhol e a Copa do Rei.
Os outros clubes e quem foi exceção
Nos outros semifinalistas da principal competição européia, também há poucos brasileiros em voga. O Chelsea só tem Alex e Belletti, dois coadjuvantes, assim como o Arsenal, em que Denílson é titular, mas brilha pouco, ainda que tenha atuações regulares.
Nas equipes que ficaram nas quartas-de-final, o cenário não se altera. O Liverpool tem nomes como Fábio Aurélio e Lucas, mas quem decide é Gerrard e Fernando Torres. O Porto, de Hulk e Helton, é o time dos argentinos, como Lisandro López e Lucho González. No Bayern, Lúcio é uma referência importante, mas vem de uma temporada de pouco destaque, enquanto Zé Roberto vive bom momento, situação semelhante com a de Marcos Senna, do Villarreal. Mas que hoje defende a Espanha.
Entre os brasileiros que fizeram grande temporada na Europa, talvez seja possível citar Júlio César e Maicon, da Inter de Milão, Grafite, artilheiro do campeão alemão com o Wolfsburg, e Diego, que levou o Werder Bremen até a final da Copa da Uefa.
O Shakhtar, campeão da mesma Copa da Uefa, é recheado de jogadores brasileiros e se coloca como outra exceção: na final contra o Werder Bremen, tinha Ilsinho, William, Fernandinho, Jadson e Luiz Adriano como os titulares. Os gols da vitória foram anotados pelos dois últimos.
-1ji798gzkd6ia.jpg)
