Enke sofria de depressão e se tratava desde 2003, diz médico
O goleiro Robert Enke, que cometeu suicídio nesta terça-feira, sofria de depressões clínicas e foi tratado pela primeira vez em 2003, após sua passagem por Barcelona e Fenerbahce, disse o médico Valentin Makser, que tratava do alemão.
Makser disse em entrevista coletiva nesta quarta-feira que após um primeiro tratamento o goleiro tinha apresentado uma recuperação, apoiada em parte pelo sucesso no Hannover 96.
"Depois, há seis meses, Robert voltou a meu consultório. Estava sofrendo outra vez com fases depressivas que inclusive chegaram a tirá-lo de alguns treinamentos", disse o médico.
No entanto, nas últimas semanas ele parecia ter se recuperado, e voltou aos treinamentos, chegando a participar das últimas duas rodadas do Campeonato Alemão.
Segundo o médico, o goleiro rejeitou a possibilidade de se internar para um tratamento mais intenso porque tinha medo de seu caso se tornar público, o que poderia prejudicar sua carreira e lhe custar a custódia de sua filha adotiva Leila, de 8 meses de idade.
Makser afirmou que em sua carta de despedida, Enke pediu desculpas a sua família e aos que tinham tratado de sua doença por esconder nos últimos dias seu verdadeiro estado para poder antecipar seus planos de suicídio.
"Inclusive, no dia do suicídio ele me ligou e assegurou que estava melhor", finalizou Makser.