Juventus quer revisão de escândalos de arbitragem
O escândalo de arbitragem que explodiu em 2006 na Itália e ficou conhecido como Calciocaos parece estar longe de seu fim. Nesta semana, novos telefonemas, desta vez entre dirigentes da Inter de Milão, foram divulgados e motivaram a Juventus, maior punida na época, a entrar com um pedido de revisão do caso.
"Em pleno respeito aos processos em andamento, a Juventus avaliará atentamente com seus advogados a eventual relevância de novas provas introduzidas no procedimento de Nápoles com o fim de garantir, no âmbito esportivo e não esportivo, como sempre fez, o maior cuidado com sua história e seus torcedores", diz comunicado oficial publicado no site do clube alvinegro.
Nas novas gravações divulgadas, que são datadas de 2005, pôde ser percebidas conversas entre Paolo Bergamo, responsável pela designação dos árbitros da Série A, e Giacinto Facchetti e Massimo Moratti, dois dos principais nomes da Inter naquele período. O primeiro já está falecido, enquanto o segundo é o sócio majoritário da equipe.
Nos diálogos, que foram realizados antes e depois de um jogo contra a Sampdoria, vencido pelos milaneses por 3 a 2, graças a uma incrível virada nos minutos finais, Facchetti e Moratti falam com Bergamo a respeito da escolha e da atuação do árbitro Paolo Bertini.
Em 2006, quando o escândalo foi à tona, a Juventus foi apontada como a maior responsável pelos esquemas de manipulações de resultados no Campeonato Italiano. Como punição, teve o título da temporada 2004/2005 revogado e foi rebaixada para a Série B nacional.
Também envolvidos no caso do Calciocaos, Milan, Lazio e Fiorentina perderam alguns de seus pontos. Assim, o troféu da Série A italiana ficou nas mãos da Inter de Milão.
Gazeta Esportiva
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