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Liga dos Campeões

Com ferrolho, Inter segura magia do Barcelona e vai à final

28 abr 2010 - 17h39
(atualizado às 18h04)
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A Inter de Milão pode não praticar o futebol mais bonito na Europa. Porém, nesta quarta-feira, o time italiano foi taticamente perfeito e conseguiu parar - mais uma vez - aquela que é considerada a equipe mais vistosa do futebol na atualidade: o Barcelona. Em um Camp Nou lotado, o time de José Mourinho perdeu apenas por 1 a 0 e avançou para a final da Liga dos Campeões. A vaga veio graças à vitória por 3 a 1 no jogo de ida, em Milão.

Assim, os italianos farão a final da Liga contra o Bayern de Munique, que eliminou o Lyon na outra semifinal. O grande jogo está marcado para 22 de maio, no Santiago Bernabeu, em Madri. Há 38 anos a Inter não chegava tão longe na Liga. A última final do clube foi em 1972, quando acabou derrotado pelo Ajax.

Um time do país atual campeão do mundo não ia à decisão desde 2007, quando o Milan venceu o Liverpool.

A exemplo do primeiro jogo, no Giuseppe Meazza, a Inter entrou em campo exercendo uma marcação implacável sobre as peças-chave do Barcelona: Xavi, Messi e Ibrahimovic. Mais uma vez, os três tiveram dificuldades para armar as jogadas do time catalão. No entanto, a atenção maior no trio deu liberdade a Daniel Alves pela direita.

Dos pés do lateral brasileiro saíram as principais jogadas do Barcelona na etapa inicial. Na primeira delas, Daniel cruzou para Ibrahimovic, que se preparava para chutar a gol quando foi contido por Lúcio. Logo depois, o lateral deu passe para Pedro. De primeira, o atacante arrematou à esquerda de Julio César.

O jogo seguia mais concentrado no meio-campo, quando um lance polêmico mudou a cara das equipes no Camp Nou. Aos 28min, Thiago Motta acertou o rosto de Busquets e acabou expulso pelo árbitro belga Franck de Bleeckere, depois de levar o segundo cartão amarelo. Revoltado, o brasileiro foi tirar satisfações com o próprio Busquets, enquanto o restante do time fazia pressão na arbitragem. Já o técnico José Mourinho preferiu ironizar, aplaudindo a decisão de Bleeckere.

Com um a mais, o Barcelona passou a pressionar e quase abriu o placar aos 32min, quando Messi passou pela marcação de três interistas e mirou o canto direito de Julio César. O brasileiro se esticou e conseguiu desviar com a ponta dos dedos.

Para a etapa final, o panorama estava bem definido: pressão catalã nos 45 minutos restantes. O técnico Pep Guardiola tirou o zagueiro Gabriel Milito e lançou o lateral esquerdo Maxwell, com a intenção de forçar mais jogadas pelas laterais.

A Inter, cada vez mais próxima da vaga, diminuiu o ritmo e tentou "contaminar" o Barcelona com essa baixa velocidade. A cada posse de bola, o time de José Mourinho tentou segurar a bola pacientemente, fazendo o tempo passar.

Para dar fim a esse ritmo, Guardiola foi obrigado a ousar logo aos 18min. E em dose dupla. O técnico tirou Ibrahimovic e Busquets e lançou os rápidos e jovens Bojan e Jéffren, para fazerem companhia a Messi e Pedro. Em contrapartida, Mourinho reforçou o sistema defensivo com o ganês Muntari no lugar de Sneijder.

O técnico português brilhou ao montar uma espécie de ferrolho após as alterações. Com duas linhas bem definidas de quatro jogadores, a barreira interista foi perfeita. O Barcelona, pelas laterais, teve de apelar para os cruzamentos e, sem um jogador de grande porte na área, os zagueiros da Inter sempre levaram vantagem.

Na única brecha, o Barcelona marcou com Piqué, aos 38min. Após passe de Xavi, o zagueirão deu um corte em Córdoba que também enganou Julio César. Com o gol vazio, ele empurrou para as redes e iniciou uma pressão implacável, que só terminou aos 49min, quando o árbitro belga deu fim ao sofrimento da Inter de Milão.

Messi se esforça, mas Barcelona cai nas semifinais
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Foto: Reuters
Fonte: Redação Terra
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