Fabregas ressurge na hora H e Espanha celebra mística do 5º pênalti
- Dassler Marques
- Direto de Varsóvia (Polônia)
A vitória nos pênaltis contra a Itália, nas quartas de final da Eurocopa 2008, é o grande momento de libertação do futebol espanhol de mais de quatro décadas com jejum e decepções em torneios nos quais sua seleção gozava do status de favorita. Em comum com aquela classificação, o triunfo sobre Portugal nas semifinais de quarta-feira, em Donetsk, deixa Cesc Fabregas como o herói naquela que é considerada, entre os jogadores em geral, a batida de maior pressão. A quinta cobrança.
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Fabregas, após o jogo, admitiu ter pedido para ficar por último. E como na disputa contra a Itália, há quatro anos, a Espanha tinha a vantagem de 3 a 2 após dois erros do adversário e podia fechar a partida. O camisa 10, contra Buffon, escolheu o canto direito e ainda deslocou o goleiro. Desta vez, diante de Rui Patrício, houve mais sofrimento. A bola foi no canto esquerdo de Rui, que se esticou todo. Provavelmente, só entrou por ter batido na trave antes de morrer na rede.
"A equipe trabalhou um monte e eu tinha essa intuição. Pensei nessa tarde que tinha uma oportunidade única. Disse que não queria cobrar o segundo, queria o último. Me arrependo de ter tido a meus familiares que não viessem até aqui, porque estou muito emocionado", disse Fabregas, que voltou à reserva com a titularidade concedida a Negredo, discreto. "Conversei com a bola, eu sei o que disse a ela. Estávamos juntos e que vamos juntos até a final".
Del Bosque explicou o pedido de Fabregas, que se juntou ao holandês Aaron Winter com sete aparições como reserva na Eurocopa - são os dois maiores nesse quesito. "Todos os cobradores que queriam o quinto pênalti, mas Cesc queria estar pronto para bater e nos dar a vitória, todos queriam", recordou o treinador.
O camisa 10, jogador do Barcelona, agora tem um motivo especial para torcer pela Alemanha: ele é o líder de um famoso campeonato interno de apostas que realiza o elenco espanhol em todos os grandes torneios e apostou na vitória dos alemães. "Que seja a Alemanha como fiz na aposta, assim acerto", brincou. Italianos e germânicos decidem a segunda vaga na final, nesta quinta-feira, em Varsóvia. A decisão ocorre domingo, em Kiev, na Ucrânia.
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