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Futebol Internacional

Uso de animais como 'videntes' da Euro irrita ativistas alemães

28 jun 2012 - 10h51
(atualizado às 13h48)
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A Alemanha irritou ativistas de direitos dos animais com suas tentativas mais recentes de prever os resultados da Eurocopa 2012.

Sucesso do polvo Paul na última Copa gerou uma série de "sucessores" durante a Euro
Sucesso do polvo Paul na última Copa gerou uma série de "sucessores" durante a Euro
Foto: AFP

Dois anos após a morte do polvo Paul, famoso durante a Copa do Mundo da África do Sul, diversos animais estão sendo mobilizados para "prever" que time de futebol irá vencer o campeonato entre times europeus.

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Emissoras de TV e rádio em todo o país mobilizam vacas, cabras, tartarugas e até um elefante para que eles prevejam os resultados dos jogos, com diversos graus de êxito.

"Atualmente, todo mundo que tem um animal parece querer colocá-lo diante das câmeras", disse à BBC o porta-voz da organização de direitos dos animais Tierschutzbund, Marius Tunte.

O grupo afirma que o uso de animais como "videntes" ameaça a dignidade deles.

''Sofrimento desnecessário''

O correspondente da BBC em Berlim, Stephen Evans, disse que a organização dedicou especial atenção a uma rádio online que usou uma serpente píton chamada Ado.

Dois ratos foram oferecidos à cobra, um que representava a Alemanha e outro que representava a Dinamarca antes do jogo entre os dois times.

A Tierschutzbund disse que "sofrimento desnecessário está sendo infligido (aos animais) puramente por entretenimento".

A vaca Yvonne fez fama ao conseguir prever que um time que acabou perdendo, venceria.

Outros animais que ficaram famosos com a Eurocopa 2012 são a porca Emma, as lontras Ferret e Mormel e a cabra Traudl, que conseguiu trabalho em uma rádio da Bavária, no sudeste do país.

O polvo Paul se aposentou aos dois anos de idade, depois de trabalhar exaustivamente como vidente oficial da Copa do Mundo de 2010.

Ele chamou a atenção de todo o mundo ao fazer uma série de previsões corretas, escolhendo uma opção entre mexilhões que ficavam em caixas com as bandeiras dos times competidores.

O animal nasceu em Weymouth, na Grã-Bretanha, mas passou a maior parte de sua vida no Centro de Vida Marinha em Oberhausen, na Alemanha.

Depois da Copa do Mundo, Paul ganhou de presente uma réplica da taça oficial, decorada com mexilhões. Ele faleceu em outubro de 2010.

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