PUBLICIDADE

Futebol Internacional

Carrascos, italianos querem ver choro alemão pela 4ª vez

28 jun 2012 - 10h54
(atualizado às 11h02)
Compartilhar
Dassler Marques
Direto de Varsóvia (Polônia)

A exemplo do Brasil, a Itália é a única seleção jamais batida pela Alemanha entre as grandes em uma Copa do Mundo ou Eurocopa. É o motivo para Andrea Pirlo, na última terça-feira, ter provocado em um típico jogo mental dos duelos europeus. "Os alemães temem os italianos", afirmou o possível melhor jogador do torneio até aqui. A história ampara a declaração de Pirlo, que espera fazer a Alemanha chorar pela quarta vez após um duelo contra os rivais, nesta quinta, na semifinal da Euro 2012 em Varsóvia.

» Veja as mulheres dos jogadores da Euro e vote na mais bela

» Torcedores agitam nos estádios da Eurocopa; veja fotos

Ao todo, são 30 confrontos entre as duas seleções ao longo de toda a história. A Itália registra 14 vitórias, nove empates e há sete triunfos da Alemanha, mas sempre em jogos amistosos - 45 gols pró para os alemães, 34 para os italianos. Mas há três jogos em especial que fizeram os germânicos chorar, e muito, após encontrar a Squadra Azzurra. Três das mais dolorosas derrotas de três diferentes gerações douradas do país. Confira quais são:

O maior jogo dos Mundiais (4 a 3)

A imprensa europeia não tem dúvidas sobre qual é o maior jogo na história das Copas do Mundo. Em 1970, Itália e Alemanha fizeram uma semifinal com sete gols, cinco deles na prorrogação cheia de emoções. Boningsegna fez para os italianos a 8min e só aos 45min da etapa final o defensor Schnnelinger empatou. Müller virou no início do tempo extra, mas a Itália devolveu a virada (Burgnich e Rivera), sofreu o empate de novo de Müller e ganhou graças a Rivera.

Aos 25 anos, Franz Beckenbauer jogou com a clavícula fraturada porque sua seleção já havia realizado as duas trocas possíveis em uma das cenas de maior superação na história das Copas. Quatro anos depois, com base semelhante, a Alemanha já celebrava uma Eurocopa, a de 72, e a Copa do Mundo de 74. Ainda foi vice europeia em 76, contra a Checoslováquia. Parte dos jogadores também foi tricampeã da Copa dos Campeões com o Bayern. A Itália, carrasca, perdeu a final para o Brasil por 4 a 1.

Itália: Albertosi; Burgnich, Facchetti, Cera e Rosato (Poletti); Bertini, De Sisti e Mazzola (Rivera); Domenghini, Boninsegna e Riva

Treinador: Ferruccio Valcareggi

Alemanha Ocidental: Maier; Vogts, Patzke (Held), Schulz e Schnnelinger; Beckenbauer e Overath; Grabowski, Seeler, Müller e Löhr (Libuda)

Treinador: Helmut Schön

Os cínicos italianos (3 a 1)

A chance de Breitner levar o bi mundial e principalmente dos gigantes Schumacher e Rummenigge se inscreverem na galeria dos alemães a ganharem uma Copa também foi frustrada pelos italianos em 1982. A seleção que já havia deixado o Brasil pelo caminho no Estádio Sarriá aprontou das suas também no Santiago Bernabéu. A cínica Itália de Bearzot, assim chamada pelo defensivismo e pela eficiência de seu jogo, levou o tri.

Em jogadas rápidas, marcou com Paolo Rossi, que fez seu sexto gol consecutivo em três jogos decisivos e se isolou como artilheiro, e fechou o caixão germânico com Tardelli e Altobelli. Breitner ainda diminuiu, mas a geração alemã dos anos 80, campeã da Eurocopa havia dois anos, ficou sem Mundial.

Itália: Zoff; Scirea, Gentile, Collovati, Bergomi e Cabrini; Bruno Conti, Oriali, Tardelli e Graziani (Altobelli) (Causio); Paolo Rossi

Treinador: Enzo Bearzot

Alemanha Ocidental: Schumacher; Stielike, Kaltz, Förster, Bernd Förster e Briegel; Dremmler (Hrubesch) e Breitner; Rummenigge (Müller), Fischer e Litbarski

Treinador: Judd Derwall

De novo, a prorrogação (2 a 0)

A Alemanha era a anfitriã e dona de empolgante campanha, uma surpresa para um time cercado de desconfianças. A Itália chegou às semifinais de forma segura, mas sem brilho, e de novo fez os alemães chorarem. Sem Frings, suspenso, a dona da casa fez um jogo equilibrado e teve oportunidades para ganhar. Joachim Löw, vale lembrar, era o auxiliar de Klinsmann. E chegou a prorrogação.

Mais ofensiva, a Itália terminou a partida com quatro atacantes em campo e silenciou Dortmund aos 13min da segunda etapa do tempo extra. Pirlo, um dos remanescentes no jogo desta quinta-feira, passou dentro da área para Grosso marcar. Ainda houve tempo para outro gol marcado por Del Piero em contragolpe mortal. "Para mim, pessoalmente, foi a derrota mais dolorosa. Esperávamos muito ir para a final e estávamos já preparados para os pênaltis", disse Löw na véspera.

Alemanha: Lehmann; Friedrich, Mertesacker, Metzelder e Lahm; Schneider (Odonkor), Kehl, Ballack e Borowski (Schweinsteiger); Klose (Neuville) e Podolski

Treinador: Jürgen Klinsmann

Itália: Buffon; Zambrotta, Cannavaro, Materazzi e Grosso; Pirlo; Camoranesi (Iaquinta), Gattuso e Perrotta (Del Piero); Totti e Luca Toni (Gilardino)

Treinador: Marcello Lippi

Pirlo acirrou o duelo dizendo que os alemães temem os italianos
Pirlo acirrou o duelo dizendo que os alemães temem os italianos
Foto: Reuters
Fonte: Terra
Compartilhar
Publicidade