A Comissão Disciplinar da Federação Italiana de Futebol (FIGC) decidiu, nesta quinta-feira, pela exclusão do futebol do ex-diretor-geral da Juventus, Luciano Moggi, impedindo que ele ocupe qualquer cargo em clubes da modalidade, por conta da rede de corrupção no futebol que estourou há quatro anos, conhecida como "Calciopoli".
Junto a Moggi, também foram banidos pelo envolvimento no mesmo caso o ex-executivo-chefe do clube de Turim, Antonio Giraudo, e o ex-vice-presidente da FIGC, Innoccenzo Mazzini.
De acordo com a imprensa italiana, a Comissão decidiu pela exclusão dos três de qualquer posto ou categoria da Federação, atendendo ao pedido apresentado pelo procurador federal, Stefano Palazzi.
A sentença da Comissão Disciplinar chega depois que no dia 28 de abril deste ano, o Tribunal de Justiça Desportiva da FIGC considerou Moggi inabilitado para desempenhar qualquer cargo em clubes de futebol.
O Tribunal se pronunciou nesses termos em resposta à consulta feita em março pelo presidente da FIGC, Giancarlo Abete, acerca da situação do ex-diretor, sobre o qual pesava, até este momento, uma suspensão de cinco anos ditada pela Justiça Esportiva italiana em 2006.
Moggi, Giraudo e Mazzini poderão recorrer da decisão da Comissão Disciplinar na Corte de Justiça Federal em segunda instância, segundo o jornal esportivo La Gazzetta dello Sport.
As consequências esportivas do "Calciopoli" foram a perda dos títulos do Campeonato Italiano das temporadas 2004/2005 e 2005/2006 pela Juventus, sendo que o primeiro ficou sem dono e o segundo foi herdado pela Inter de Milão.
A descoberta da rede de corrupção acarretou também em punições a outros clubes, entre eles o Milan e a Lazio, e afetou dirigentes e árbitros. Em janeiro de 2009, começou em Nápoles o processo penal pelo caso, com 26 pessoas acusadas, entre elas o próprio Moggi.
O julgamento se centra nas supostas irregularidades em pelo menos 15 partidas da primeira divisão do Italiano da temporada 2004/2005, incluindo um empate sem gols entre Juventus e Milan, para favorecer os interesses da equipe de Turim ou de clubes parceiros.
Um dia antes da decisão entre Peñarol e Santos, o Portal Terra teve acesso irrestrito ao Estádio Centenário, em Montevidéu. Um dos palcos mais tradicionais e lendários do futebol mundial, a arena preserva características do passado, até pelas dificuldades financeiras que atravessa sua administração. Confira fotos exclusivas e se sinta dentro da "cancha":
Foto: Dassler Marques / Terra
Em meio às arquibancadas, par de banheiros que foram, na verdade, os primeiros vestiários do Estádio Centenário
Foto: Dassler Marques / Terra
Sob as arquibancadas, funcionários do estádio trabalham cotidianamente. Apesar de o estado de conservação do espaço ser ruim e assustar, há de se ponderar que torcedores e visitantes não costumam ter acesso ao local
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Até galinha e cachorros passeiam sob as arquibancadas do Centenário
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Mesmo a um dia da decisão da Copa Libertadores, funcionários realizavam ajustes finais no palco de Peñarol x Santos
Foto: Dassler Marques / Telam
Vestiário do Centenário é básico e amplo. Assim como é habitual da arquitetura uruguaia, preserva as características originais sem grandes modernidades
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Por conta do frio e do grande número de shows musicais e jogos recebidos, gramado está longe das condições ideais
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Torre é considerada um dos pontos mais marcantes do Centenário e possui nove andares, justamente a quantidade de listras da bandeira do Uruguai
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Homenagens, como essa a José Nasazzi, também compõem o espaço. Zagueiro firme, ele foi capitão no bicampeonato olímpico de 1924 e 28
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Quadro retrata orgulho dos uruguaios pela construção do Centenário em apenas oito meses para a realização da Copa de 1930
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No Museu do Futebol localizado no Estádio Centenário há espaço para peças de outros países. Como, por exemplo, as primeiras camisas de Pelé e Vavá em jogos pela Seleção
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Museu também exibe os uniformes mais antigos de Peñarol e Nacional, os maiores rivais do futebol uruguaio
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Museu do Estádio Centenário exibe diversos troféus
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Naturalmente, há espaço generoso para um painel sobre a Copa de 1950
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Visitante confere uma réplica do estádio no museu do Centenário