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Ex-presidente da Concacaf se entrega em Trinidad e Tobago

28 mai 2015 - 06h26
(atualizado às 12h04)
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Jack Warner, o político de 72 anos que presidiu a Concacaf entre 1990 e 2011, viu nesta quarta-feira seu sonho de morrer em seu país, o arquipélago de Trinidad e Tobago, ser ameaçado por uma investigação da Justiça dos Estados Unidos sobre suspeitas de corrupção na Fifa, que pediu sua extradição e a de outros envolvidos.

Warner se declarou "inocente de todas as acusações" de corrupção depois que a polícia suíça, a pedido da Justiça americana, deteve em Zurique vários integrantes do primeiro escalão da entidade máxima do futebol, entre eles o ex-presidente da CBF, José Maria Marin.

"Não fui questionado sobre este assunto. Reitero que sou inocente de todas as acusações", disse Warner em comunicado, no qual lembrou que se retirou da Fifa há quatro anos e pediu que somente "o povo de Trinidad e Tobago" decida sobre seu futuro.

Horas depois deste pronunciamento, o ex-presidente da Concacaf se entregou às autoridades de seu país em Port of Spain com o propósito de esclarecer sua situação legal.

Warner se apresentou à juíza Marcia Ayerrs Caesar e é possível que permaneça detido em algum centro judicial, já que seus advogados não conseguiram finalizar o processo para solicitar sua liberdade provisória.

O ex-dirigente teria que pagar uma fiança de US$ 2,5 milhões para seguir em liberdade, à espera que se resolvam as pendências legais às quais está vinculado.

Além de estipular o valor da fiança, a juíza ordenou Warner a entregar seu passaporte e que, quando estiver sob liberdade provisória, terá que se apresentar duas vezes por semana em um distrito policial, enquanto espera pelo início do julgamento de extradição em julho.

Warner está em uma lista de nove dirigentes da Fifa e cinco empresários relacionados com essa entidade que foram acusados pelo Departamento de Justiça americano.

Em sua primeira declaração, Warner garantiu que deixou o futebol para se dedicar à política porque queria "melhorar a vida das pessoas" de seu país onde, "se Deus quiser", espera morrer.

"Estou afastado do futebol e da política, portanto não tenho nada a ver em nenhum tipo de investigação", disse, mas advertiu de forma enigmática que há "interesses que se movimentam no futebol" e a data escolhida para este escândalo "não é algo gratuito".

A Fifa realiza a partir desta quinta-feira seu congresso e na sexta-feira deve escolher seu presidente. O suíço Joseph Blatter busca seu quinto mandato consecutivo.

EFE   
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