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FBI e procuradores dos EUA investigam Blatter, diz ABC News

2 jun 2015 - 17h24
(atualizado às 18h44)
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O FBI e procuradores dos Estados Unidos estão investigando o presidente da Fifa, Joseph Blatter, que anunciou a renúncia do cargo nesta terça-feira, informou a rede ABC News, citando fontes familiarizadas com o caso.

Blatter anunciou sua decisão seis dias após a polícia suíça prender dirigentes da Fifa como parte de uma investigação sobre corrupção. O cartola foi reeleito para um quinto mandato como presidente da entidade na sexta-feira, mas não vai permanecer os quatro anos que deveria - vai entregar o cargo assim que um novo presidente for eleito, em congresso extraordinário que deve acontecer entre dezembro deste ano e março de 2016.

Joseph Blatter seria o próximo alvo das investigações do FBI
Joseph Blatter seria o próximo alvo das investigações do FBI
Foto: Arnd Wiegmann / Reuters

Entenda a pressão sobre Blatter

A quarta reeleição de Joseph Blatter aconteceu em um dos momentos mais cruciais da história do futebol. Desde 1998, quando assumiu a presidência da Fifa, o suíço nunca havia corrido tantos riscos de perder o cargo como agora. Isto porque a prisão de cinco executivos e sete dirigentes da entidade na última quarta-feira, em Zurique, ajudou a arranhar ainda mais a já desgastada imagem do mandatário de 79 anos.

A operação do FBI, feita em conjunto com a polícia suíça, expôs casos de corrupção, extorsão, escândalos de irregularidades em contratos de direitos de televisão e pagamentos de propina no processo de escolha das sedes das Copa do Mundo de 2018 e de 2022. Blatter ainda não teve o seu nome envolvido nas denúncias, mas viu a pressão sobre si aumentar consideravelmente.

Blatter anuncia renúncia e marca novas eleições na Fifa:

Tudo começou ainda antes de a investigação da Justiça americana ser revelada. Na semana retrasada, Luís Figo e Michael van Praag retiraram as suas candidaturas à presidência da Fifa . Os dois, opositores a Blatter, detonaram o processo eleitoral da entidade e optaram por desistir do pleito para não dividirem votos com Ali bin Al-Hussein. “Este é um plebiscito de entrega do poder absoluto a um só homem”, atacou o português.

Depois, com as prisões de dirigentes da Fifa em pleno hotel Baur au Lac dois dias antes do pleito, Blatter passou a receber ainda mais pressão. Primeiro, Diego Armando Maradona o desafiou a conseguir a reeleição. Depois, a Uefa declarou apoio à oposição e pediu a saída do suíço. Por fim, o jornalista investigativo Andrew Jennings, que cedeu ao FBI os documentos cruciais para as detenções, revelou que o atual presidente da entidade era o próximo alvo.

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