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Federação australiana deverá informar sobre suposto roubo cometido por Warner

28 mai 2015 - 04h38
(atualizado às 12h04)
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A Federação de Futebol Australiana (FFA) recebeu nesta quinta-feira uma solicitação para informar ao FBI, a polícia federal dos Estados Unidos, sobre o suposto roubo de cerca de 500 mil dólares australianos (R$ 1,2 milhão) em recursos do futebol australiano por parte do ex-diretor da Fifa, Jack Warner.

O pedido foi realizado pelo senador australiano Nick Xenophon e pela ex-diretora da FFA, Bonita Mersiades, que também pediram a renúncia do presidente da Fifa, Joseph Blatter, após a prisão de sete diretores da entidade, entre eles o ex-presidente e atual vice da CBF, José Maria Marin, por corrupção.

Warner, ex-vice-presidente da Fifa, se entregou ontem às autoridades de Trinidad e Tobago após ser acusado pelos Estados Unidos, junto com outros 13 diretores da entidade máxima do futebol, de cobrança de propina, cujo valor total pode chegar a US$ 150 milhões.

O dinheiro australiano que supostamente foi desviado por Warner não está incluído na acusação das autoridades americanas, mas foi avaliado por elas em suas investigações.

Segundo o jornal "Sydney Morning Hearald", Warner pediu dinheiro para as obras de reforma de um estádio em Trinidad e Tobago em 2010, ano em que a FFA buscava o apoio do diretor em sua campanha para ser a sede da Copa do Mundo.

"Aparentemente, a FFA foi surpreendida nesta rede de intrigas que mostra que a Fifa é um castelo de cartas corrupto", disse o senador Xenophon.

A FFA se absteve de pedir à polícia australiana que averiguasse uma denúncia que consta no relatório de 2013 da Concacaf, da qual Warner foi presidente até 2011, que alertava sobre o possível roubo do dinheiro, conforme publicou há um ano o "Syndey Morning Hearald".

De acordo com essa informação, a federação australiana enviou o dinheiro para financiar as obras do estádio para uma conta no Caribe controlada por Warner, acreditando que pertencia a uma filial regional da Fifa.

No ano passado, Mersiades disse que a FFA evitou reportar o roubo por temer uma exposição ainda maior do modo "altamente arriscado" com o qual fundos foram repassados a organizações corruptas quando a Austrália buscava apoio para ser a sede da Copa.

O senador australiano também pediu que se convoque de novo a eleição para a sede do Mundial de 2022, vencida pelo Catar e na qual a Austrália também concorria, gastando mais de 46 milhões de dólares australianos (R$ 112,5 milhões) em sua campanha.

EFE   
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