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Federação Inglesa chama relatório da Fifa sobre Rússia e Catar de "piada"

13 nov 2014 - 19h14
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O presidente da Federação Inglesa de Futebol (FA), Greg Dyke, fez nesta quinta-feira duras críticas à decisão da Fifa de fechar a investigação sobre supostas irregularidades na escolha das sedes das Copas do Mundo de 2018, que acontecerá na Rússia, e de 2022, para a qual o escolhido foi o Catar.

"Ainda restam questões a serem respondidas. Ainda não entendo por que o Mundial de 2022 foi dado ao Catar, quando estava bastante claro para o próprio comitê técnico da Fifa que seria uma opção de alto risco", disse Dyke à emissora inglesa "Sky News", em uma entrevista na qual chamou de "piada" o relatório final do caso, divulgado nesta quinta pela entidade máxima do futebol mundial.

O presidente da FA se pronunciou sobre o relatório da Comissão de Ética da Fifa, depois que o responsável pela investigação original, o americano Michael García, anunciou que recorrerá da decisão de fechar o caso.

"A apelação de García torna todo este processo uma piada. Até a pessoa que fez a investigação diz que o relatório não reflete o que ele defendia. É algo surpreendente para mim, e acredito que para a maioria das pessoas, também", criticou Dyke.

O documento de 42 páginas com as conclusões do Comitê de Ética divulgado hoje não vê fundamento para duvidar da lisura do processo para escolha das sedes das próximas Copas, mas sugere que a candidatura da Inglaterra para 2018 pode ter violado as normas ao ter conseguido um trabalho para um parente do ex-vice-presidente da Fifa Jack Warner.

Em dezembro de 2010, quando as sedes foram definidas, o primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, classificou como "turvo" o mundo da política que rodeia o futebol internacional e garantiu ter sido enganado por dirigentes do organismo máximo do esporte.

EFE   
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