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Fifa apoia pronunciamento de Dilma e reafirma compromisso com Copa-2014

22 jun 2013 - 13h49
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A Fifa recebeu bem o pronunciamento à nação feito pela presidente Dilma Rousseff, em que ela pediu à população que conceda a "mesma acolhida generosa" que o Brasil recebeu em outras Copas do Mundo, e reafirmou, neste sábado, a colaboração entre a entidade máxima do futebol e o governo para a realização da Copa das Confederações e do Mundial do ano que vem.

O discurso em rede nacional de rádio e televisão, na sexta-feira, foi uma resposta da presidente aos protestos que levaram cerca de um milhão de pessoas às ruas de todo o país na quinta-feira e que, entre outras reivindicações, questionam os elevados gastos com a realização de eventos esportivos no país.

"Nós recebemos bem o pronunciamento da presidente Dilma Rousseff à nação e reafirmamos nossa colaboração com o governo para realizar com segurança e sucesso a Copa das Confederações da Fifa e a Copa do Mundo da Fifa, para que todos os torcedores possam desfrutar", disse o porta-voz da entidade, Pekka Odriozola, em entrevista coletiva no Rio de Janeiro.

Em resposta às criticas sobre os gastos do governo com a realização da Copa do Mundo, que totalizam 33 bilhões de reais até 2014, Dilma afirmou no discurso que os recursos para construção de estádios não saíram dos cofres públicos e que os financiamentos concedidos pelo governo federal serão pagos pelas empresas e governos estaduais que exploram as arenas.

Houve protestos este mês nas seis cidades brasileiras que recebem os jogos da Copa das Confederações. Em cinco delas, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Brasília, Fortaleza e Salvador, foram registrados confrontos violentos entre manifestantes e a polícia perto dos estádios antes dos jogos.

Em Salvador, onde a seleção brasileira enfrenta a Itália neste sábado, ao menos dois ônibus comuns foram incendiados por manifestantes e dois micro-ônibus a serviço da Fifa foram alvo de pedradas na quinta-feira, pouco antes da partida Uruguai x Nigéria, o primeiro jogo do torneio realizado na capital baiana.

Diante dos acontecimentos, a Fifa se viu obrigada a desmentir na sexta-feira especulações de que a competição poderia ser suspensa e que a entidade estaria até considerando retirar a Copa de 2014 do Brasil. Principalmente por problemas econômicos, mas também em consequência da violência, a Copa do Mundo de 1986 precisou ser transferida da Colômbia para o México.

Os protestos levaram as autoridades a reforçar o policiamento no entorno dos estádios de última hora para proteger as arenas e os torcedores antes das partidas.

O Comitê Organizador Local da Copa do Mundo (COL) garantiu que não recebeu qualquer solicitação das equipes por reforço de segurança nas áreas que são de responsabilidade da entidade.

"Nas áreas em que o COL fornece a segurança para os times, o aparato de segurança permanece o mesmo, não há qualquer pedido especial de segurança adicional -- na parte da segurança privada, está ok", disse o chefe de comunicação do COL, Saint Clair Milesi.

(Reportagem da Reuters Television)

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