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Fifa vai doar relógios que CBF usou para agradar dirigentes

26 nov 2015 - 10h18
(atualizado às 13h48)
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Em 2014, o então presidente da CBF, José Maria Marin, e seu vice Marco Polo Del Nero decidiram dar um mimo a vários dirigentes da Fifa. Idealizaram um kit para as boas-vindas aos colegas que participariam do Congresso da entidade máxima do futebol, poucos dias antes da Copa do Mundo no Brasil. Ao todo, 65 relógios (avaliados hoje em R$ 90 mil cada), seriam distribuídos para o grupo, além de uma medalha, camisa oficial da seleção brasileira, mala de couro e uma revista institucional.

Quando veio a público, a ideia dos dirigentes da CBF não foi bem recebida pela Fifa, que determinou o recolhimento dos relógios. A confederação teria distribuído 65 deles, mas apenas 48 foram recuperados. Nesta quinta, o Comitê de Ética da Fifa informou que esses 48 relógios serão doados a uma organização alemã, Street Football World, que desenvolve projetos sociais com crianças e adolescentes pelo mundo.

Relógios dados à Fifa serão doados pelo Comitê de Ética
Relógios dados à Fifa serão doados pelo Comitê de Ética
Foto: Philipp Schmidli / Getty Images

Os presentes contrariavam normas do Conselho de Ética da Fifa, que cogitou investigar aqueles dirigentes que não devolvessem o objeto mais valioso – o paradeiro de 17 daqueles relógios até hoje é desconhecido.

O guardião dos kits era o funcionário da CBF, Alexandre Silveira, responsável pelo controle de entrada e saída dos mimos. Todos os pacotes foram montados na sede da Federação Paulista de Futebol, então dirigida por Marco Polo Del Nero, atual presidente da CBF.

Fonte: Silvio Alves Barsetti
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