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Fifa planeja testes antidoping 6 meses antes do Mundial

21 jun 2013 - 14h55
(atualizado às 16h49)
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A Fifa pretende ser mais rigorosa no controle de doping para a Copa do Mundo de 2014, com testes surpresa nas seleções classificadas que vão começar seis meses antes da competição, afirmou nesta sexta-feira o chefe do departamento médico da entidade, Jiri Dvorak.

Segundo ele, à medida que as seleções vão garantindo suas vagas no Mundial, casos de Japão, Austrália, Coreia do Sul e Irã, a Fifa começa a aprofundar a sua estratégia de atuação para o controle de doping.

A ideia é traçar o perfil biológico das seleções classificadas para a Copa do Mundo com antecedência e realizar exames de sangue e de urina nos jogadores de cada uma das 32 equipes que jogarão o torneio.

Em competições anteriores organizadas pela Fifa, de acordo com Dvorak, esses testes começavam três meses antes do início.

"À medida que sabemos quem se classifica, vamos até as seleções de forma não avisada. Todos serão testados; não vou dizer quando e quantos, estamos vendo como fazer", disse.

"Mas todos serão testados e terão perfil biológico testados. Vamos usar a nossa base de dados", afirmou o médico. "Antes, era feito três meses antes da competição e agora 6 meses. Vamos testar 2 ou 3 vezes antes da chegada da seleção. Serão exames de sangue ou urina", completou Dvorak.

Desde o caso de doping do argentino Diego Maradona na Copa de 1994, nos EUA, a Fifa tem adotado uma estratégia educativa e preventiva para evitar novas ocorrências em suas competições.

Dvorak revelou que no meio do futebol, a maioria dos casos de doping estão relacionados ao consumo de maconha e cocaína. Porém, o percentual de exames positivos é bastante baixo: 0,04 por cento.

O médico acredita que no futebol os casos de doping são menores que nos esportes olímpicos, pois o futebol é um esporte coletivo que depende menos de marcas e desempenhos individuais.

"Os jogadores de futebol não conseguem se beneficiar de substâncias que melhorem desempenho. O risco é maior que o beneficio", afirmou ele.

"Não há substância para o jogador ser melhor e passe a ser um Messi ou um Neymar."

(Reportagem de Rodrigo Viga Gaier)

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