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Fifa pressiona e Corinthians diz que tem prazo maior para estádio

14 mai 2013 - 17h13
(atualizado às 19h34)
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O secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, disse nesta terça-feira que a entidade não vai tolerar atraso na entrega dos estádios para a Copa do Mundo de 2014, e o Corinthians retrucou, afirmando que tem até fevereiro para deixar a arena de abertura do torneio pronta, dois meses depois do prazo determinado.

"Dissemos claramente que não é possível atraso para a Copa do Mundo", declarou Valcke em entrevista coletiva em Brasília, onde visitou o estádio de abertura da Copa das Confederações.

"Vamos discutir muito firmemente com eles a situação do estádio em São Paulo", afirmou o dirigente, acrescentando que a Fifa pode mudar seus planos.

"Podemos mudar tudo até que os ingressos comecem a ser vendidos, então podemos mudar os estádios até 1o de agosto, quando começarem as vendas."

O estádio de São Paulo, escolhido para abrir o Mundial, tem 76 por cento das obras concluídas, segundo o Corinthians, dono da arena. O clube afirma que a Fifa deu um prazo maior para o estádio ser entregue, pois as obras começaram quase um ano depois dos demais estádios.

"No caso do Corinthians, esse prazo foi estendido pelo próprio Valcke para fevereiro de 2014", disse o Corinthians em nota, explicando que o plano do time era construir um estádio para 48 mil pessoas e que o projeto teve que ser ampliado em 20 mil lugares para receber a partida de abertura da Copa.

"O objetivo do Corinthians sempre foi, neste caso, servir a cidade, o Estado e o país. Por isso, o clube aumentou a capacidade do estádio e não aceita nenhum tipo de pressão. Se entendem que devem mudar o local de abertura da Copa, fiquem à vontade", completou.

O estádio de São Paulo enfrenta problemas com a liberação de recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e de incentivos fiscais da Prefeitura de São Paulo, o que pode causar atraso nas obras, segundo o responsável do clube pelo estádio, Andrés Sanchez.

A Fifa autorizou que quatro dos seis estádios da Copa das Confederações deste ano fossem entregues depois do prazo em consequência dos atrasos nas obras, mas tem reforçado que não vai ceder no que se refere à Copa do Mundo.

(Por Tatiana Ramil, com reportagem da Reuters TV)

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