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FIFPro diz que 11,9% dos jogadores receberam ofertas de manipulação

20 fev 2013 - 10h43
(atualizado às 10h57)
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O sindicato internacional de jogadores (FIFPro) denunciou nesta quarta-feira que 11,9% dos atletas foram abordados para fraudar o resultado de uma partida e que mais do que o dobro, cerca de 23,6%, têm certeza de que há jogos manipulados em seus respectivos campeonatos nacionais.

Em fase final de obras, o Estádio Jornalista Mário Filho, o Maracanã, começou a receber nesta segunda-feira a lona de cobertura
Em fase final de obras, o Estádio Jornalista Mário Filho, o Maracanã, começou a receber nesta segunda-feira a lona de cobertura
Foto: AFP

O presidente da divisão da FIFPro na Ásia, Brendan Schwab, divulgou os números durante seu discurso na Conferência Internacional da Interpol sobre manipulação de partidas que começou nesta terça em Kuala Lumpur, dentro do acordo firmado entre a Fifa e a Interpol em 2001, que acabou criando neste órgão a unidade para a integridade no esporte.

Schwab afirmou que "todos os membros da família do futebol, os Governos e as autoridades policiais devem trabalhar de forma conjunta para combater os problemas" que rodeiam o esporte e enumerou os principais para a FIFPro, que engloba 56 sindicatos de jogadores de todo o mundo e representa a 65 mil atletas.

Segundo o discurso de Schwab, 5% dos jogadores devem esperar mais de seis meses para receber o salário, quase 93% das falta de pagamentos correpondem às situações financeiras dos clubes e um de cada nove jogadores foi vítima de atos violentos, a maioria causados por torcedores.

Os dados expostos refletem que mais de 10% dos jogadores sofrem assédio - originado pelos diretores dos clubes (64%) e treinadores (24%) - e que um de cada dez relatórios sobre partidas assinala atitudes racistas e discriminatórias procedentes dos torcedores.

"Os jogadores estão unidos para trabalhar com a família do futebol, Governos e autoridades policiais para alertar perante a ameaça de manipulação. Pedimos que se unam a nós na luta para manter a integridade e a dignidade dos jogadores profissionais e para isso é essencial que possamos manter a integridade do jogo", disse Schaw.

O representante de FIFPro fez alusão ao trabalho que o sindicato realizou no Leste Europeu e que culminou com a elaboração do "Livro Negro", que reflete "a pobreza do futebol", mas insistiu que não somente os jogadores dessa zona sofrem com os problemas citados.

EFE   
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