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Figo reitera críticas feitas em carta de renúncia após escândalo na Fifa

27 mai 2015 - 12h59
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O ex-jogador português Luís Figo reiterou nesta quarta-feira as duras críticas feitas à Fifa em sua carta de renúncia à candidatura nas eleições presidenciais da entidade máxima do futebol após a prisão de sete dirigentes, incluindo o ex-presidente da CBF, José Maria Marin, envolvidos em um grande escândalo de corrupção.

Uma fonte da candidatura do ídolo do futebol português disse à Agência Efe que, por enquanto, Figo preferiu apenas fazer referência ao comunicado emitido na semana passada para reforçar as críticas contra a entidade.

Na última quinta-feira, Figo divulgou um comunicado no qual criticava severamente o processo eleitoral da Fifa, a direção da entidade e exigia mais transparência. O ex-atleta teria como principal concorrente no pleito o atual presidente, o suíço Joseph Blatter, no poder desde 1998.

"Alguém acha normal que a eleição de uma das mais relevantes organizações do planeta ocorra sem um debate público? Que um candidato à presidente sequer apresente um programa eleitoral para o dia 29?", questionou Figo retoricamente, em alusão a Blatter.

"Não deveria ser obrigatória a apresentação desse programa para que os presidentes de federações saibam no que votarão? Seria o normal, mas o processo eleitoral é tudo menos uma eleição. É o plebiscito de entrega do poder a um só homem", afirmou.

"É por esse motivo que após meditar de forma individual e compartilhar opiniões com outros dois candidatos neste processo, que entendo que o que ocorrerá no dia 29 de maio em Zurique não é um ato eleitoral normal. E, não sendo assim, não contem comigo", disse.

Hoje, duas ações judiciais foram deflagradas por conta da realização do Congresso da Fifa, que começaria nesta quarta-feira e acontecerá até a próxima sexta-feira.

O primeiro procedimento se encontra em mãos da Procuradoria Geral da Suíça, que foi iniciado em novembro, a pedido da própria Fifa, por suspeitas de gestão desleal e lavagem de dinheiro em relação com a escolha das sedes das Copas do Mundo de 2018 na Rússia e 2022 no Catar.

A segunda investigação foi iniciada pela promotoria de Nova York, por suposto pagamento de subornos - de até US$ 100 milhões - a dirigentes da Fifa, em troca de que certas empresas recebessem os direitos de transmissão, publicidade e marketing de torneios nas Américas do Sul, Central e do Norte.

EFE   
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