Flu desiste de negociações e vai à Justiça contra Fazenda Nacional
Com problemas financeiros e sem conseguir chegar a uma composição com a Procuradoria Geral da Fazenda para o parcelamento da dívida fiscal que ocasionaria a reinclusão na Timemania e a consequente liberação das penhoras, o Fluminense cansou de negociar. O presidente tricolor, Peter Siemsen, afirmou que irá à Justiça buscar os direitos do clube - que, segundo ele, estaria sendo tratado de forma desigual.
Em fevereiro deste ano, o Flamengo, que tem uma dívida tributária de R$ 394 milhões, concluiu uma negociação com a Procuradoria da Fazenda do Rio na qual se comprometeu a pagar R$ 500 mil por mês à União. O valor do parcelamento iriá se elevando gradativamente até agosto de 2016, quando o clube terá quitado seus dividendos. O acordo propiciou ao time rubro-negro a Certidão Negativa de Débito que faltava para acertar patrocínio com a Caixa Econômica Federal.
Por sua vez, o Fluminense, com uma dívida tributária de R$ 32,2 milhões, propôs à procuradoria o pagamento de R$ 1,127 milhão mensal. Dessa maneira, quitaria seus compromissos em 2014. A proposta foi rejeitada e o clube foi impedido de receber 9 milhões de euros (R$ 28,9 milhões) pela venda de Wellington Nem ao Shakhtar Donetsk, da Ucrânia. Pouco depois, o Flu foi excluído da Timemania e viu o passivo tributário saltar para R$ 105 milhões, criando um efeito "bola de neve" que deixou a questão insustentável.
Para piorar, Peter Siemsen declarou em entrevista à Rádio Globo que os dirigentes do Fluminense "foram tratados como cachorros" quando tentaram renegociar a dívida. Em resposta, a Procuradoria Geral da Fazenda negou qualquer tipo de tratamento hostil e repudiou as palavras do mandatário tricolor.
Já o site da Advocacia-Geral da União (AGU) publicou uma nota na última sexta-feira dizendo que o Fluminense não fez proposta formal de acordo da dívida com a AGU ou com o Ministério da Fazenda, o que irritou os tricolores, que decidiram ir para a via judicial.