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Flu sofre gol no fim e é derrotado pelo Emelec no Equador: 2 a 1

3 mai 2013 - 00h31
(atualizado às 01h02)
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De volta nesta quinta-feira ao Equador, de onde não guarda boas lembranças pelos confrontos com a LDU em 2008 e 2009, o Fluminense mais uma vez volta ao Rio de Janeiro com um resultado ruim na bagagem, uma derrota por 2 a 1 para o Emelec, no jogo de ida das oitavas de final da Taça Libertadores.

No duelo entre o atual campeão brasileiro e o líder do Campeonato Equatoriano, o Tricolor saiu em desvantagem no primeiro tempo no estádio George Capwell, em Guayaquil, graças a gol contra de Leandro Euzébio.

Wagner, com um belo chute de fora da área, empatou. Na segunda etapa, a equipe do técnico Abel Braga soube administrar o resultado até minutos antes do apito final, quando Gaibor desempatou cobrando pênalti.

Com derrota, o Fluminense precisará vencer por 1 a 0 ou por uma vantagem ainda maior na partida de volta, na próxima quarta-feira. Embora ainda não haja confirmação, o duelo deverá acontecer em São Januário.

Abel ainda não conta com o artilheiro Fred, que se recupera de uma lesão na panturrilha. O meia Deco, já curado de um estiramento na coxa direita, também não viajou ao Equador. O veterano jogador foi flagrado num exame antidoping realizado em março, após um jogo pelo Campeonato Carioca contra o Boavista.

No Emelec, o problema foi escalar a defesa. Os zagueiros Gabriel Achilier e Cristian Nasutti cumpriram suspensão, e José Luis Quiñónez está machucado. Também entregue ao departamento médico, o lateral direito Fulton Francis foi outro que ficou fora.

A dupla de zaga do time equatoriano foi bastante jovem, formada por Wilson Morante, de 22 anos, e John Narváez, de 21. Ao lado deles, esteve o lateral direito Carlos Vera, de apenas 17 e recrutado das categorias de base.

O jogo em Guayaquil começou com um susto na defesa do Fluminense. Logo com dois minutos do primeiro tempo, Mondaini pegou sobra no bico esquerdo da área depois do escanteio e soltou uma bomba que explodiu no travessão.

O próprio Mondaini aprontou mais uma vez quatro minutos depois. O meia-atacante desceu com certa liberdade pela direita e cruzou fechado. Tão fechado que a bola tomou o caminho do gol, e Cavalieri teve que se esticar todo para desviar em escanteio.

O Flu era tão sufocado que nem mesmo no contra-ataque, com a velocidade de Wellington Nem e Rhayner, levava perigo. O Emelec incomodou mais uma vez aos 19, com Corozo, que recebeu com espaço na intermediária e bateu mal, à direita do gol.

Quatro minutos depois, o ataque tricolor enfim deu o ar da graça. Rhayner acelerou pelo meio e foi parado com falta a um passo da área. Wagner foi para a cobrança e encheu o pé no canto do goleiro, que, no susto, espalmou para o lado. A bola ainda tocou a trave direita.

O time visitante aceitava a pressão e a velocidade do adversário, e foi castigado aos 33 minutos, com um gol contra. Carlinhos saiu para dar um bote no meio, Vera foi acionado com espaço na área. Leandro Euzébio tentou cortar, mas desviou para a própria meta, e Cavalieri só pôde olhar.

O 1 a 0 não satisfez o time da casa, que continuou em cima. Dois minutos após o gol, Valencia dominou com espaço na intermediária e bateu dali mesmo. A bola passou perto da trave.

Mais na base do erro do adversário que na própria competência, o Flu se aproximou do empate aos 42. Após cruzamento baixo da esquerda, Narváez furou feio, e a sobra ficou quase na marca do pênalti com Wellington Nem, que finalizou forte, mas no meio do gol.

Dois minutos depois, enfim, o campeão brasileiro fez jus a essa condição. Nem virou linda bola da direita para esquerda até Carlinhos, que rolou para trás até Wagner. O meia ajeitou e acertou um belo chute no ângulo esquerdo para empatar.

Ainda houve tempo antes do intervalo para mais duas jogadas do Emelec, com Valencia e Mondaini. Nas duas, a bola cruzou toda a área do Tricolor e ninguém da equipe anfitriã aproveitou.

O Fluminense iniciou o segundo tempo tentando segurar o adversário administrando a posse de bola no campo de ataque. Numa troca de passes, aos sete minutos, surgiu um escanteio a ser cobrado por Wagner. No lance ensaiado, Carlinhos desviou no primeiro pau e mandou perigosamente à esquerda.

O começo de segunda etapa foi muito truncado. A partida foi interrompida diversas vezes para que jogadores recebessem atendimento médico.

Quando o jogo engrenou, aos 16, Wagner cochilou no meio de campo, o Emelec partiu no contra-ataque e Valencia encobriu a meta por pouco. Logo na sequência, aos 19, De Jesús girou na área, chutou no cantinho direito e Cavalieri foi até para desviar.

O segundo do Tricolor poderia ter acontecido aos 23 minutos, mas faltou um centroavante. Carlinhos tabelou bonito com Wagner, esticou até a entrada da área e levantou. Nem poderia ter concluído de primeira, mas matou no peito e se enrolou.

A boa marcação dos visitantes impedia que o Emelec sufocasse, mas erros individuais permitiam que a equipe equatoriana criasse algumas jogadas. Aos 37 minutos, Mondaini acelerou pela esquerda com espaço e saiu na cara de Diego Cavalieri, que fez linda defesa.

Aos 41, no entanto, o goleiro não conseguiu salvar. O árbitro marcou um pênalti duvidoso de Carlinhos em Mondaini. Gaibor bateu muito bem, no cantinho esquerdo, e fez 2 a 1.

O time equatoriano ainda foi em busca do terceiro gol, mas não houve tempo. O Flu também ainda teve uma última investida, aos 45, mas Leandro Euzébio cabeceou por cima depois de escanteio da direita.

Ficha técnica:.

Emelec: Dreer; Vera, Narváez, Morante e Bagüí; Pedro Quiñónez, Corozo (Gaibor), Valencia, Giménez (Caicedo) e Mondaini; De Jesús (Angulo). Técnico: Gustavo Quinteros.

Fluminense: Diego Cavalieri; Bruno, Gum, Leandro Euzébio e Carlinhos; Edinho, Jean e Wagner (Felipe); Wellington Nem (Samuel), Rhayner (Thiago Neves) e Rafael Sobis. Técnico: Abel Braga.

Árbitro: Wilmar Roldán (Colômbia), auxiliado por seus compatriotas Eduardo Díaz e Wilson Berrio.

Cartões amarelos: Bagüí (Emelec); Leandro Euzébio (Fluminense).

Gols: Leandro Euzébio (contra) e Gaibor (Emelec); Wagner (Fluminense).

Estádio: George Capwell, em Guayaquil.

EFE   
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